domingo, 16 de junho de 2013

A FRANÇA ESTA MUDANDO



Estava já pronto outro artigo, para este espaço, quando chegou a meu pleno conhecimento um fato prioritário de capital significação: a França não é mais a de 1789 e séculos seguintes! Simetricamente à Revolução Francesa, aparece uma nova França e parece ressurgir um país católico. Comentário frequente é: a esquerda perdeu a juventude, perdeu a rua, perdeu o povo e perdeu a bússola. Na França!




Um site com o significativo nome de Boulevard Voltaire descreve: Esses resistentes são católicos! Eles estão começando a compreender que o liberalismo, que enlouqueceu, está fracassado [...] Trata-se de famílias e, sobretudo, de jovens, que saíram às ruas para dizer basta! aos destruidores da sociedade”.




Que sucedeu, para haver tão surpreendente mudança? Houve uma maré jovem e conservadora de fundo na França. O estopim desta crise das esquerdas foi a aprovação pelo Parlamento de um projeto de casamento entre pessoas do mesmo sexo, por iniciativa do governo socialista.




Os conchavos políticos continuaram e os parlamentares de esquerda apressaram-se para aprovar o projeto à revelia da vontade popular. Mas nenhuma autoridade eclesiástica de relevo, na França como no Exterior, se destacou pela adesão a um protesto popular em defesa de princípios essenciais da Lei de Deus, dos Evangelhos e do Direito Natural.




Isto determinou três impressionantes e multitudinárias manifestações de protesto, em janeiro, março e maio deste ano.




A imensa Avenue de la Grande Armée do Arco do Triunfo até a ponte que comunica Paris com La Défense — foi pequena para conter a multidão que se manifestou mais contra o projeto socialista de casamento homossexual, que o equipara ao asamento entre homem e mulher e permite a adoção de crianças por casais homossexuais.




Infelizmente nas mãos de uma grande propulsora do socialismo e da agenda homossexual, a Prefeitura de Paris interditou a manifestação na prestigiosa avenida dos Champs Elysées, cônscia de que se a permitisse contribuiria para abrilhantar ainda mais a marcha de protesto. Contudo, os Champs Elysées não teriam sido suficientes para tanta gente. Tal foi o comparecimento, que a polícia precisou liberar a Avenue Foch, outra imensa artéria que vai do Arco do Triunfo até o Bois de Boulogne e a Avenue Carnot.




Satélites detectaram com sensores de calor a área ocupada pelos manifestantes nessas grandes avenidas e nas ruas adjacentes: oito quilômetros de ruas inteiramente repletas!

Mais notório do que o número foi o entusiasmo e o fervor dos participantes. Uma não explicada ojeriza e até proibição da parte dos organizadores ao uso de cartazes, bandeiras, símbolos não-oficiais, cânticos e slogans, bem como de outras formas para exprimir adesão, na prática não conseguiu se impor. Ordeiros, mas aguerridos, os mais distintos grupos vindos de toda a França cantavam, agitavam bandeiras de suas regiões, erguiam cartazes feitos em casa, faziam rufar caixas e tambores.




Houve manifestações análogas e simultâneas em muitas cidades da França, bem como diante de embaixadas, consulados e órgãos oficiais franceses em numerosos países, inclusive no Dubai, no Congo e no Afeganistão.[2]











Só nos resta voltar o olhos para Nossa Senhora, e lembrarmos o que Plinio Corrêa de Oliveira proclamou na conclusão de sua obra “Revolução e Contra-Revolução” e que se aplica inteiramente ao caso francês, e do mundo em geral: “A primeira, a grande, a eterna revolucionária, inspiradora e fautora suprema desta Revolução, como das que a precederam e lhe sucederem, é a Serpente, cuja cabeça foi esmagada pela Virgem Imaculada. Maria é, pois a Padroeira de quantos lutam contra a Revolução.” Hoje, ontem e para sempre.

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