terça-feira, 8 de maio de 2012

Juiz desertor do chavismo confessa que fez parte da rede do narcotráfico, atuando a serviço do ditador da Venezuela. É o governo que Lula quer ver reeleito e ao qual, hoje, na prática, presta assessoria



Desde a última quarta-feira, o nome do venezuelano Eladio Ramón Aponte Aponte reluz na lista “vermelha” da Interpol, a pedido do governo de seu país.
(…)
A vida de Aponte Aponte, de 63 anos, mudou seis semanas atrás. Era um homem da lei. Virou foragido da Justiça. Era um dos pilares do governo Hugo Chávez. Tornou-se o “inimigo número um” caçado pelos chavistas. Era presidente do Tribunal Superior de Justiça - a Suprema Corte venezuelana. Agora é um delator da DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos.

Ele confessou cumplicidade com uma rede sul-americana de narcotráfico. E admitiu ter manipulado processos judiciais para favorecer traficantes cujos negócios - contou - eram partilhados com alguns dos mais graduados funcionários civis e militares do governo Chávez.

Citou especificamente: o ministro da Defesa, general de brigada Henry de Jesus Rangel Silva; o presidente da Assembleia Nacional, deputado Diosdado Cabello; o vice-ministro de Segurança Interna e diretor do Escritório Nacional Antidrogas, Néstor Luis Reverol; o comandante da IVa Divisão Blindada do Exército, Clíver Alcalá; e o ex-diretor da seção de Inteligência Militar, Hugo Carvajal.



Essa é apenas mais uma evidência das ligações da cúpula do governo Chávez com os narcotraficantes disfarçados de guerrilheiros. Não se esqueçam de que o Exército da Colômbia encontrou armamento pesado das Forças Armadas da Venezuela em poder das Farc. Celso Amorim, o megalonanico, à época ministro das Relações Exteriores e conduzindo uma política hostil à Colômbia, pôs a informação em dúvida. O próprio Chávez a confirmou, mas disse que o material bélico tinha sido roubado



Por Reinaldo Azevedo

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