quinta-feira, 10 de maio de 2012

A MARCHA INSANA





Não conheço quase ninguém de direita na vida real, não on-line. Praticamente todos os meus conhecidos são de esquerda, alguns mais, alguns menos. Tenho um amigo de centro-direita que lê o Diogo Mainardi, mas é isso.

O candidato socialista venceu na França e todos os europeus que conheço estão celebrando. Fossem brasileiros, até ia entender a ignorância, mas europeus? Bem, se eles querem mais imigrantes, mais socialismo, mais gastos estatais, azar o deles, não é mesmo?

No entender desses curiosos progressistas, é o "neoliberalismo" que está causando problemas na Europa. Foi o "neoliberalismo" que destruiu a economia da Grécia e agora vai destruir aquela da França.

Neoliberalismo, na França? Quem dera. 56% PIB da França é usado para gastos estatais. Um Estado mais gordo do que o brasileiro, acredite.
Quase todos citam a economia como fator para a derrota de Sarkozy. Os franceses estão reclamando das dificuldades no mercado de trabalho. Mas não, os franceses não querem trabalhar mais: querem trabalhar menos. Querem prolongar a semana de 35 horas e voltar à aposentadoria antecipada. Parece que um dos fatores que mais prejudicou Sarkozy foi ter aumentado a idade da aposentadoria de 60 para 62 anos, e Hollande vai reverter isso. O socialista também prometeu maiores impostos e um maior salário mínimo. É, isso certamente vai movimentar a economia!
Tudo bem, os franceses gostam de socialismo desde a Revolução Francesa. Porém, como dizia o Milton Friedman, você pode ter socialismo, ou você pode ter imigração, você não pode ter os dois. Afinal, é uma mera questão econômica, você não pode distribuir recursos finitos para uma massa inesgotável de pessoas que sempre aumenta e que produz cada vez menos.
Juntar socialismo com a imigração massiva de muçulmanos e outros terceiromundistas só podia dar em uma coisa: desastre.

E no entanto, os franceses escolheram o bundão Hollande. Ele não enganou ninguém, disse muito bem a que veio: mais imigração, mais socialismo, mais impostos, menos trabalho.
A minha querida leitora c* nos diz que devemos esquecer essa tal Europa de cartão postal:

nao entendo a alienaçao de quem continua imaginando a frança como um cartao postal, o frances com a baguette na mao e o beret visé au crane, tour eiffel e edith piaf ! acorda ai, a mundializaçao também passou por aqui, estamos no centro do fluxo migratorio e na beira do mediterraneo, miscigenou, misturou, amorenou e os cambau ! e nao so aqui...o mundo inteiro "misturou" ! quem viaja sabe que londres, bruxellas, sao paulo, new york,guadalajara e etc também "mudaram"em consequencia da globalisation


Quer saber? Ela tem razão! Aceitemos, amigos, o tempo passou na janela e só a direita não viu. O mundo mudou, o globalismo venceu. O Estado-nação baseado em conceitos étnicos acabou, ao menos no Ocidente (ainda se mantém nos países asiáticos e africanos…). Curve-se você também defronte aos novos líderes globais!

Eu só peço uma coisa aos meus amigos esquerdistas: que depois não reclamem, nem coloquem a culpa no "neoliberalismo".
Li outra vez um colunista de esquerda reclamando sobre a decadência da Califórnia, sufocada por altos impostos, frouxidão com a imigração ilegal e outras políticas socialistas. O curioso é que ele jamais fez um mea culpa pelos desastres que aconteceram. Para ele, a culpa era do "neoliberalismo" (O neoliberalismo talvez tenha a culpa de ter exportado os trabalhos manuais para a China, no entanto, mas essa é outra discussão).

Os esquerdistas em geral são como uma horda de vândalos que destroem tudo o que vêem pela frente e, depois, se viram e contemplam a cidade destruída com espanto. "Quem destruiu nossa bela cidade?", perguntam-se com lágrimas nos olhos. Logo, no entanto, a tristeza e a confusão dão lugar à certeza, e desta passam ao ódio e ao desejo de vingança. "Foram os malditos neoliberais, é claro! Morte ao neoliberalismo!"
E lá seguem eles, tocando fogo em tudo e continuando na sua marcha insana.


POSTADO POR MISTER X

Nenhum comentário:

Postar um comentário