Nicolás Jr. – como é conhecido o filho de Maduro – era convidado no casamento de José Zalt, empresário de origem síria. Apesar de jogar dinheiro para o alto ser um costume em casamentos árabes, meios de comunicação e redes sociais criticaram o comportamento do filho do presidente num momento de crise para o país. Nenhuma autoridade venezuelana comentou o assunto. Com uma inflação anual acima de 60%, escassez de produtos básicos, desemprego e pobreza crescentes, a Venezuela está afundada em uma das mais graves recessões de sua história.
Segundo o grupo VVperiodistas, formado por jornalistas venezuelanos independentes, que publicou o vídeo no YouTube, a cena foi gravada horas depois da parada militar deste sábado. Na ocasião, a Venezuela iniciou manobras com 100.000 homens, veículos anfíbios e mísseis russos, numa demonstração de força e preparação para a “defesa do país diante de uma ameaça capitalista”. Dias antes os Estados Unidos haviam aplicado sanções a sete funcionários do governo venezuelano e considerado a Venezuela uma ameaça à segurança nacional americana.
Apesar da pouca idade e nenhuma experiência política e administrativa, o único filho de Maduro Já ocupou vários cargos no governo de seu pai, inclusive o de chefe do Corpo de Inspetores Especiais da Presidência – um órgão sem muita função definida que atua ora como bedel da sociedade civil, ora como Guarda Pretoriana de Maduro. Depois disso, Nicolás Jr. foi nomeado diretor da Escola de Cinema da Venezuela, numa decisão muito criticada no meio artístico. “O filho de Maduro não sabe nada da sétima arte. O que ele sabe é roubar a câmera”, disse à época o dramaturgo José Tomás Angola.
Passada sua rápida incursão no mundo das artes, Nicolás Jr. se aventurou, sempre com a ajuda de ‘papai’, em uma carreira mais promissora: virou um dirigente remunerado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que comanda o país. Em sua estreia como dirigente político, Maduro Jr. repetiu uma frase de seu pai: “O PSUV vai salvar a humanidade”.
http://youtu.be/76bGZRWz-ws
Por Reinaldo Azevedo
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