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Sentada em um canteiro no centro da Cinelândia, no Rio de Janeiro, alheia aos longos discursos políticos, feitos de um carro de som, em apoio à Petrobras e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a desempregada Luciana, moradora de Campos dos Goytacazes (RJ), conversava desanimada com uma amiga na tarde desta sexta-feira (13). Parecia cansada. Ao redor da árvore, estavam ainda o marido, também desempregado, a filha de 6 anos e outros conterrâneos. Todos vestiam camisetas cor de laranja com os logotipos do Sindipetro e da Petrobras: “Defender a Petrobras é defender o Brasil”. Luciana, que não quis dizer seu sobrenome, não faz parte do sindicato e nunca trabalhou no setor petrolífero.
Sem trabalho, ela e o marido, Marco Aurélio, afirmaram ter recebido R$ 80 do sindicato para vir ao Rio participar de um protesto tão longe de casa. “O dinheiro chegou em boa hora”, disse. Quando o ato começou, Luciana e o marido estavam cansados. Acordaram às 5h30, saíram às 7h de Campos, a 274km do Rio, e só chegaram ao centro da cidade às 15h. Segundo ela, vieram em uma caravana de mais de 20 ônibus do norte fluminense, alugados pelo Sindipetro. Sem ter com quem deixar a filha pequena, trouxeram a menina para passear no Rio. Demoraram mais que as quase cinco horas que a viagem costuma levar porque o grupo parou para almoçar na lanchonete Oásis Grill, na BR-101, na altura de Casimiro de Abreu. A despesa foi paga pelo sindicato, disse ela.
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/03/manifestantes-de-campos-bafirmam-ter-ganhado-r-80-para-ir-atob-no-rio.html
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