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Empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato usaram um esquema de corrupção – o petrolão – para evitar a punição de políticos em outro processo por corrupção – o mensalão.
Foi o que revelou o doleiro Alberto Youssef em depoimento de delação premiada.
Para a defesa dos ex-deputados José Janene (PP-PR) e Pedro Corrêa (PP-CE), Youssef disse que “fez vários pagamentos” destinados ao advogado Eduardo Ferrão “em dinheiro vivo, proveniente das empreiteiras”. Os valores ficavam “entre 40 mil e 70 mil reais por mês”.
— Quem me pagava era o PP, de quem eu era advogado desde 2003. Se o dinheiro vinha dele (Youssef) eu não posso saber. Eu emitia notas para o PP – alegou Ferrão, sem saber dizer como eram feitos os pagamentos, que estariam a cargo de uma outra pessoa.
Mas o mensalão do petrolão não era destinado exclusivamente à defesa.
O PP recebia entre 3 milhões e 4 milhões de reais mensais, segundo Youssef, para votar com o governo do PT na Câmara dos Deputados.
Curiosamente, o doleiro cita o deputado Paulo Maluf (PP-SP) como um dos políticos do partido que NÃO recebiam recursos do esquema criminoso.
“Nesta operação, não tenho nada”, declarou Maluf, como quem se entrega em relação a outras.
Parece piada, mas é notícia.
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