O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa aceitou fazer um acordo com a Procuradoria e vai fazer delação premiada para sair da prisão. O acerto foi feito na tarde desta sexta-feira. Costa foi preso na Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal, suspeito de integrar um esquema criminoso de lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 10 bilhões.
A decisão de Costa coincide com o dia em que a PF deflagra a sexta fase da Lava Jato. Os agentes cumprem 11 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de condução coercitiva. 13 empresas no Rio de Janeiro que pertencem a uma filha, um genro e um amigo de Costa são alvos da operação.
A família do ex-diretor quer tirar Costa da cadeia o mais rápido possível. A advogada Beatriz Catta Preta, especializada em delação premiada, foi escolhida pelos familiares para discutir os termos da delação. A advogada já cuidou da colaboração dos doleiros Raul Srour e Richard Andrew de Mol van Otterloo. O advogado Nelio Machado, que defendia Costa, deixou o caso por discordar da estratégia da família.
Paulo Roberto Costa é acusado de ter superfaturado obras da refinaria Abreu Lima (PE), que já consumiu R$ 42,2 bilhões do dinheiro público. O valor a mais pago pelos contratos teria voltado a ele como suborno. O doleiro Alberto Youssef, também preso durante a Lava Jato é acusado de cuidar da lavagem do dinheiro recebido como suborno.
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sábado, 23 de agosto de 2014
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, aceitou delação premiada
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