Dilma chegou lá. Conseguiu enfim bater a popularidade de Collor na época do impeachment. Alcançou um dígito de aprovação (9%), segundo o Ibope, e 68% de rejeição. A façanha se deu logo após a confissão de Ricardo Pessoa, o homem-bomba das empreiteiras.
Ele confirmou que financiou a campanha de Dilma em 2014 com dinheiro roubado da Petrobras. É o flagrante definitivo do nacionalismo companheiro.
O que faz uma mulher sapiens diante de tal obscenidade?
Faz o de sempre: joga areia nos olhos da plateia, como diagnosticou Fernando Gabeira. Mas a tática de embaralhar e confundir, quando utilizada por uma pessoa embaralhada e confusa, produz um resultado esquisito.
“Não confio em delator”, rebateu Dilma, atirando no mensageiro. A presidente explicou que a ditadura tentou fazê-la delatar seus companheiros e ela não aceitou.
Até Joaquim Barbosa surgiu de seu exílio para dizer que Dilma feriu o instituto da delação premiada com esse paralelo estapafúrdio. Mas Joaquim não entende nada da lógica companheira.
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