quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Ah, finalmente Cardozo, o Garboso, se move. Mas em obsequioso silêncio!
Então o ministro da Justiça, José Eduardo Cadozo, o Garboso, resolveu sair do berço esplêndido e rumar para o Maranhão para acompanhar mais de perto a crise de segurança pública no estado?! Já não era sem tempo.
Cheguei a pensar que ele estivesse achando que ainda não havia cadáveres o suficiente, não em número compatível ao menos com a sua augusta presença. Não custa lembrar que existe um sistema penitenciário nacional e que seu gerenciamento está a cargo do ministro da Justiça.
Sim, sou obrigado a lembrar. Quando houve um período de recrudescimento da violência em São Paulo, e este senhor ainda era considerado um pré-candidato ao governo de São Paulo, ele concedia uma média de uma entrevista a cada dois dias atacando a gestão da área no estado.
Não perdeu a oportunidade de criticar a Polícia Militar de São Paulo durante a desocupação do Pinheirinho e da cracolândia e nas jornadas de protesto de junho. Sobre o Maranhão, o homem é de um silêncio realmente eloquente.
Por que só agora? 2013 terminou com 59 mortes no Complexo de Pedrinhas nada que o mobilizasse. Foi preciso que a imprensa tornasse públicas as cenas de barbárie absoluta para que o Garboso se mexesse.
Lá vai ele. Mas em obsequioso silêncio, contrariando a sua vocação buliçosa quando se trata de alvejar o governo de São Paulo, por exemplo. Não quer melindrar José Sarney, o imperador do Maranhão.
Por Reinaldo Azevedo
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