domingo, 10 de agosto de 2014

Lula, o mito de laboratório- PARTE 1



O PT É FILHO BASTARDO DA DITADURA. 

OBRA DE UM CONTUBÉRNIO ENTRE O REGIME, 

SINDICALISTAS E MULTINACIONAIS DO ABC 

Mas sem Lula não haveria PT. Para que o PT não fosse apenas mais um era preciso construir o mito. E assim foi feito. Primeiro por alguns intelectuais da USP, por algumas estrelas do jornalismo de então, que sabiam poder confiar no metalúrgico que jantava na casa dos patrões. Por fim, a CUT sai do ABC e monta uma estrutura nacional que chegou a ter na folha mais de 600 jornalistas. Na onda do analfabetismo político sindicalista e socialista pareciam a mesma coisa. Como eram a mesma coisa mais de 20 "Tendências" dentro do PT, desde que todos prestassem juramento de vassalagem ao Soberano.

O PT surge de um abissal vazio político, numa crise brutal de descontrole da economia, e, sobretudo, na escassez de lideranças políticas. O PT que nasce de Lula e desaparecerá com Lula, foi, na sua gênesis, um conglomerado de ressentimentos. Salvo meia dúzia de intelectuais, hoje longe do PT, o máximo que se podia encontrar na militância do novo partido eram os porraloucas da Libelu (Gushiken, Palocci..) Para a elite operária do Grande ABC, onde os líderes metalúrgicos, tal como Lula, e os grandes empresários conviviam diante da mesma mesa, do mesmo uísque. 


"Crise econômica, violência urbana e instabilidade política são elementos que, historicamente, criam a conjuntura propícia para a ascensão de regimes totalitários. Quando isso acontece, as pessoas procuram por um herói salvador, alguém que tenha uma solução, que diga que a culpa é de outra pessoa, classe ou grupo". 
Fábio Andrigheto, da Livraria Folha em comentário sobre o livro de Laurence Rees, "O Carisma de Adolf Hitler"

Muito mais forte do que a construção do partido era carência histórica de um Salvador da Pátria. Os anos de 1980 foram chamados de a Década Perdida e, neste cenário de devastação era fácil inventar o que chamaríamos de Noço Guia. "Retirante", "operário", barbudo como um Messias, moralista, fazendo-se de ignorantão, Luiz Inácio da Silva era a soma de todos clichês que o senso comum sempre absorve como alento nessas horas de incerteza. 

"Não tenho dúvida de que a Lei da Anistia acabou abrindo indevido espaço ao peleguismo para uma injusta, falta e oportunista apropriação da história de lutas contra a ditadura". 

Romeu Tuma Jr. in "Assassinato de Reputações"(pg 51) 


..............






Nenhum comentário:

Postar um comentário