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Um dos principais líderes da bancada ruralista, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) afirma não ter dúvidas de que cairão os vetos que Dilma apôs ao Código Florestal. Declara que são grandes as chances de ruírem também os vetos impostos ao fator previdenciário e ao trecho da emenda da saúde que obrigava o governo a elevar a parcela de investimentos no setor sempre que o PIB crescesse.
O ministro Fux atirou num rato e acertou numa onça. Ele não sabia o que estava escondido na moita, disse Caiado. Ao impor às votações uma ordem cronológica, o ministro do Supremo obrigou o Congresso a deliberar sobre outros 3.059 vetos presidenciais antes de chegar ao veto referente à repartição dos royalties petrolíferos.
Se tivesse prevalecido o ritmo de toque de caixa, com a votação coletiva de todos os vetos numa única sessão, Dilma receberia do Congresso o que Caiado chama de presente de Natal. Na pressa de obter os dividendos do petróleo, as bancadas de Estados não produtores de óleo manteriam intactos os outros vetos.
Caiado resumiu a cena: Não teríamos tempo para nos articular. Todos os outros vetos seriam mantidos e nós passaríamos por otários. Acabaríamos com todo o passivo de vetos de mais de dez anos. Passaríamos a régua em tudo em função de um acordo que envolvia os royalties.
Agora, a coisa muda de figura, prossegue Caiado. Nós é que ganhamos um presente natalino. A cada veto pautado, vai haver uma mobilização. Vamos dar o troco na Dilma. Esse é que o jogo. Vale para o Código Florestal, para o fator previdenciário, para a Emenda 29 da saúde, para tudo que tem interesse.
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