Em 2015, então, será um salve-se quem puder, com aumento de mais de dois dígitos para toda a população, em média de 14% ou 15%. Cravar o número exato é difícil, porque depende de quanto o governo estará disposto a pagar para segurar essa conta. - O impacto é muito mais amplo do que se imagina.
Há empresas adiando investimentos por causa da incerteza em relação aos preços da energia. Ele calcula que este ano a conta de luz de mais da metade das famílias brasileiras terá aumento de dois dígitos, ou seja, acima de 10%: Cláudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios, afirma que além de dar força à espiral da inflação, as incertezas sobre o preço e o fornecimento de energia travam o crescimento do país, inibindo investimentos(...) A energia elétrica, uma das despesas mais altas no orçamento dos lares brasileiros, vai consumir ainda mais da renda familiar nos próximos anos.
A promessa de queda de até 20% na conta de luz feita pela presidente Dilma Rousseff em 2012 durou pouco. O alívio foi a boa notícia do ano passado. Em média, em dez regiões do país acompanhadas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a conta de luz ficou 15,7% mais barata. Mas a estiagem, a problemática gestão do setor elétrico e até o incentivo ao consumo de eletrodomésticos fizeram o benefício se tornar ônus, na forma de reajustes acima de 10% por cinco anos seguidos.
O resultado é que o peso da energia nos gastos com produtos e serviços das famílias deve aumentar 52%, passando dos atuais 2,69% para 4,1% em 2018. - Com a queda nos preços do ano passado, o peso da energia elétrica caiu. Era de 3,33% em janeiro de 2013 e baixou para 2,69% agora. No fim de 2015, com a incorporação desses aumentos, a despesa voltará a ter o peso de janeiro de 2013, quando a conta de luz ainda não tinha ficado mais barata - afirmou André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas que fez as projeções com base nos reajustes calculados pela Consultoria Safira Energia, de 18,7% em 2015 e 2016 e de 14,1% em 2017 e 2018"
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