terça-feira, 8 de abril de 2014

O resto não passa de militantes cegos pela ideologia ou "Alices" que ainda não acordaram.





RIVADAVIA ROSA

Tens razão: as organizações subversivas na época, como de resto toda a esquerda latino americana obedeciam à Moscou/Pequim/Havana, de onde vinha a inspiração ideológica, o financiamento e o apoio logístico. A subordinação cega chegava a tal ponto que um dos terroristas, Eugênio Paz, declarou numa entrevista à Globo News com maior 'orgulho' que quando foi à Moscou foi internado num hospital psiquiátrico.


Além do Gabeira que foi honesto nesse sentido:

A ENTREVISTA/DEPOIMENTO de DANIEL AARÃO REIS (ex-militante do MR-8, professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense e autor de “Ditadura militar, esquerda e sociedade”) é reveladora do caráter dos movimentos armados:

“As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser mitificadas. Nem para um lado nem para o outro. Não compartilho a lenda de que no fim dos anos 60 e no inicio dos 70 nós (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática. No reverso da moeda, nenhuma organização defendeu o terror indiscriminado, nem praticou ações que, na concepção, tivessem o objetivo de ferir ou matar pessoas que não tinham nada a ver com nada. O terror indiscriminado não faz parte da historia da esquerda brasileira. Houve atos violentos, criminosos, como a ordem da direção do Partido Comunista, em 1936, para que se matasse a jovem Elza Fernandes. Suponha-se, erradamente, que ela tivesse colaboração com a policia. Houve também o assassinato de um marinheiro inglês em 1973 pelo simples fato de ser marinheiro inglês. Nessa época matou-se até um militante que desejava apenas sair da organização em que estava. Chamava-se Marcio Leite Toledo. Foram atos praticados por uma militância em processo de degeneração.” (grifo nosso - In “O Globo”, de 23/09/2001)

"A revolução é biófila, é criadora de vida, ainda que, para criá-la, seja obrigada a deter vidas que proíbem a vida." O humanista Paulo Freire, in "Pedagogia do Oprimido", defendendo os fuzilamentos sumários comandados por Ernesto Che Guevara e Fidel Castro


Márcio Moreira Alves (nascido em 14 de julho de 1936 no Rio de Janeiro) jornalista e político conhecido como catalisador do AI-5 por ter proferido um discurso na qualidade de deputado federal em setembro de 1968 no Congresso Nacional em que propunha um boicote às paradas militares na celebração à Semana da Pátria e solicitava às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do Exército, em seu livro ‘O Despertar da Revolução Brasileira’, se referiu ao período 1964-68, do governo do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, antes do AI-5, como ‘ditabranda’ e para ele foi um alívio ver a saída de Jango do governo, pois ‘Achava-o oportunista, instável, politicamente desonesto (...) Aparecia bêbado em público, deixava-se manobrar por cupinchas corruptos (...) e tinha uma grande tendência gaúcha para putas e farras’.

O resto não passa de militantes cegos pela ideologia ou "Alices" que ainda não acordaram.



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