quinta-feira, 3 de abril de 2014

Piauí: Cartão do Governo Pagava Orgias de Políticos



Em entrevista coletiva, a delegada de Repressão a Crimes de Alta Tecnologia da Delegacia Geral (Dercat), Christiane Vasconcelos, disse que um cartão corporativo de um órgão público do Piauí foi usado para pagar serviços de garotas de programa e rufiões, agenciadores de prostitutas, para uma orgia em Teresina. A conta do hotel onde a orgia teria ocorrido foi de R$ 3 mil.


A descoberta foi feita durante um trabalho de busca e apreensão na casa de Renato Rosberg Figueiredo de Morais, preso na manhã desta terça-feira, acusado de usar fotos de mulheres em redes sociais para atrair clientes e vender programas. O preço médio é de R$ 800.
A delegada Daniela Barros informou que o serviço de prostituição era usado por agentes públicos, políticos, empresários e outras pessoas. Vários assessores parlamentares do órgão serão ouvidos pela Dercat. Esses eram alguns dos clientes de Rosberg.

- A investigação começou quando recebemos a denúncia de uma jovem de 20 anos, que teve sua foto captada de uma rede social e postada em um site de prostituição.

Ela disse ainda que Renato Rosberg utilizava redes sociais, e-mails e até o Whatsapp para divulgar as garotas. Quando o cliente ligava, o acusado afirmava que aquela garota não estava disponível, mas que teria uma parecida. Na maioria das vezes, fechava o contrato. Os policiais fizeram uma busca em sua casa na manhã desta terça, onde apreenderam vários documentos e aparelhos eletrônicos.

As delegadas Christiane Vasconcelos, Carla Brizzi e Daniela Barros disseram que as investigações começaram depois que uma jovem de 20 anos procurou a polícia. Vasconcelos falou que a jovem estava irritada porque tinham utilizado sua foto ligando-a à prostituição.

- Demos início à investigação e descobrimos que ele fazia o uso indevido das imagens das pessoas que eram facilmente obtidas em sites da internet. Rosberg utilizava celular, webmail e diversos aplicativos. Estamos investigando para ver se outras mulheres tiveram suas imagens utilizadas indevidamente. Contabilizamos 19 garotas agenciadas, mas o número pode ser mais elevado. Em um só dia ele conseguia de R$ 700 a R$ 1 mil dependendo da garota e seus atributos físicos. Não se identificou a participação de menores, mas a polícia está investigando. A prostituição não é crime e o foco da investigação não são as meninas, nem os clientes, mas quem tira proveito da prostituição alheia. Esse é um crime que às vezes está vinculado ao tráfico de entorpecentes, tráfico de pessoas, isso é um trabalho que cabe a polícia judiciária combater. O perfil das prostitutas é de moças universitárias com boa aparência - explicou.

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