quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Charlie Hebdo voltou às bancas e esgotou-se imediatamente
Charlie Hebdo voltou às bancas e esgotou-se imediatamente. A tiragem prevista é de 5 milhões de cópias. George Clooney assinou-a. Arnold Schwarzenegger assinou-a. É um sucesso extraordinário. O Antagonista reproduz, em primeira mão, algumas das vinhetas do jornal. Na edição especial, há uma grande quantidade de charges e de tiras sobre os terroristas, sobre o fanatismo islâmico, sobre os campos de adestramento no exterior, sobre a rede de cumplicidade dos extremistas. Há charges sobre o presidente Hollande e há charges até sobre o papa. Só se nota uma ausência: não há charges sobre Maomé, exceto aquela lacrimejante da capa, que todos os jornais estamparam ontem. Os terroristas não escolheram suas vítimas por acaso. Pelo contrário: eles executaram os chargistas mais irreverentes do jornal, um a um. Devemos comemorar porque o Charlie Hedbo conseguiu sobreviver, mas é necessário reconhecer que um certo espírito talvez tenha desaparecido para sempre.
DIEGO MAINARDI
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