segunda-feira, 27 de maio de 2013

MENSAGEM DE UM PAI DESESPERADO

 
 
Ingrid se foi. Hoje já não podemos abraça-la e ouvir sua voz. Seu corpo está numa cova fria.
Ela se foi, vítima da tolerância social diante das drogas.
Depois de ter nos dado muito trabalho durante a adolescência, ingressara na Faculdade e estava namorando, razão pela qual a deixamos em Curitiba.
Mas no conjunto residencial morava uma trinca de traficantes, um dos quais a seduzira com juras e promessas, agindo disfarçadamente e escondendo-lhe o que era. Diante do que ela rompera o antigo namoro.
 



Na sua inocência, ela até trouxera o vigarista, para nos apresentar. Alto, vistoso, não nos escondeu o que era. O tal OSCAR, depois de umas cervejas nos contou que o pai o pusera para fora de casa depois que ele lhe aplicara uma surra e lhe quebrara todos os dentes. Diante disto, nos posicionados contra este relacionamento e Sonia ( minha esposa e mãe de ingrid) o colocou para fora de casa, tendo ele convencido Ingrid a acompanhá-lo, argumentando que não a amávamos e não queríamos o seu bem.

Durante a semana passada, Sonia trouxe Ingrid para o Rio e sentimos que ela estava insegura, pressionada pelas frequentes ligações do pilantra, que a deixava indecisa.
Ontem ela arrumou a mala para retornar a Curitiba, reclamando das constantes e persistentes cobranças, que só visavam o seu bem.
Durante o dia tivera uma consulta com uma psiquiatra que lhe receitara duas caixas de antidepressivo, que não
sabemos qual era e nem ficamos sabendo que ela dispunha de tantos na mão.

 



A noite, ela com as malas prontas para viajar, tivemos uma longa conversa, em que a abracei carinhosamente e lhe fiz juras de amor, pedindo que aguardasse o dia seguinte para discutirmos.
Ontem, pela manhã, recebemos uma ligação de uma vizinha do prédio onde ela mora, alertando-nos contra o perigo do canalha, que a estava drogando e a explorando. Explicou-nos que ele morava no mesmo condomínio e que ele e seus dois cupichas viviam de entregar drogas a domicílio, sob encomenda.
Fomos falar com ela mas já era tarde. Quando fomos ao seu quarto ela já estava morta.Tomara todas as cartelas do anti depressivo. Ficamos desesperados.

 


Até quando vamos nos submeter a este estado de coisas, que vê o traficante como um coitado e o menor criminoso como vítima da sociedade, apesar de votar e ter um físico de adulto ? Até quando vamos admitir que um degenerado marque no seu corpo o registro de suas vítimas ?
Até quando teremos os nossos corações despedaçados por uma teoria sem fundamento que Rousseu inventou, de que todos são bons e a sociedade é que o perverte. Teoria insana que a esquerda abraçou
Singapura já foi o império das drogas. Hoje isto acabou, pois logo no Aeroporto há um cartaz que avisa que droga é pena de morte.
Se não tomarmos uma atitude, o vício e o crime irá se espalhando sob a proteção da impunidade, pois o Brasil é o único país em que o criminoso condenado pode recorrer em liberdade e continua exercendo os direitos de um cidadão inocente.
Ou a sociedade acorda ou será tarde demais.
Pedro Paulo Rocha

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