Os jovens e adolescentes de hoje, entre 15 e 25 anos, são as crianças cujos pais ouviram, há 10 anos, o mercador de ilusões dizer que a esperança vencera o medo.
São as gerações que, ao fim e ao cabo, sem esperança e com medo, receberam a conta domMensalão.
Acabou a época do Amém: bolsa família, IPI do carro reduzido e empréstimos milionários do BNDES degeneraram em nada; e já são incapazes de comprar o silêncio e o inquietante conformismo de quem sempre compraram, nesta ordem: pobres, nova classe média e empresários.
O PT estava acostumado a governar para quem votava nele, fosse na expectativa das sinecuras do aparelho estatal, fosse na coquete esperança alimentada, sempre, pelos que se comprazem em ouvir promessas da boca para fora.
O lulo-petismo subestimou a fatia de 30% do eleitorado que votou em branco, nulo ou se
absteve nas últimas eleições. Ao contrário do que reza a vulgata marxista, não eram alienados políticos, mas descontentes cujo ronco das vozes, impenitente e nas ruas, é aquele que ora os governos não conseguem interpretar.
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