Foi-se o ano de 2013. Um ano que nos ensinou pelo avesso a ver a desordem institucional petista-peemedebista avançar neste país gigante deitado eternamente em berço esplêndido e sem capacidade de fazer nada de digno e de proveitoso.
Aprendemos, com um amargor estranho na goela, que a corrupção no Brasil parece ser uma maldição incontornável, talvez a nos vitimar para sempre. Esse pecado destrutivo parece já fazer parte da nossa cultura, talvez, melhor dizendo, da nossa falta de cultura.
A corrupção está tão em evidência e de tal modo entranhada na alma dos brasileiros, e principalmente daqueles que entram para a rendosíssima profissão de político, que parece impossível que um dia possamos dela nos livrar, ou pelo menos tornar a sua incidência apenas pontual.
Infelizmente, a corrupção norteou a construção do Brasil de hoje, a partir do eufemismo do milagre brasileiro, nos anos 60s, onde erigimos no meio do nada, no ermo do cerrado goiano, uma cidade-monumento a ela: Brasília, onde os políticos rapidamente aprendem a fazer, na vida pública, o mesmo que fazem na privada...
Daí nasceu a nossa república clientelista, patrimonialista, antifederativa, que acabou com as ferrovias para favorecer o lobby da indústria automobilística, que passou a produzir carroças motorizada para trafegarem em asfalto do tipo casca de ovo que se rompem em buracos à passagem do primeiro caminhão.
JK vendeu a preço de banana todo o manganês que existia na Serra do Navio, no Amapá, para construir Brasília e tornar aventureiros que lá chegaram com um caminhão velho nas grandes empresas construtoras de hoje, trabalhando inclusive com países ideologicamente afins com a esquerda encravada no planalto e recebendo recursos do Banco do Brasil e do BNDES.
Em 2013 ficamos sabendo que apenas 30 por cento da população brasileira é realmente alfabetizada e que, o resto ou é analfabeto absoluto ou analfabeto funcional que mal sabe desenhar o próprio nome e não é capaz de ler um texto a ponto de interpretá-lo adequadamente. Mas isso é ótimo para eleições, pois um eleitor ignorante é fundamental para perpetuar a escoriocracia em que vivemos ao eleger apenas canalhas e incompetentes populistas e demagogos. E canalhas como esses abundam hoje na política tupiniquim.
Aprendemos e investir mais em pão e circo, criando belos estádios de futebol e mantendo um enorme contingente de brasileiros na ociosidade remunerada do bolsa família, fome-zero, e outros mecanismos de lavagem de dinheiro e compra de votos, do que em infraestrutura, em assistência médica e hospitalar, em educação profissionalizante de qualidade, em segurança pública decente, em transporte público que não existe.
As cenas de pugilato e vandalismo nos estádios de futebol, nos tornam especialistas em insegurança pública, o que será o maior estímulo para que o turista estrangeiro desista de vir ao Brasil assistir a Copa e as Olim...Piadas. Somos hoje uma universidade de renome mundial naquilo que deve ser feito para se desconstruir um país... Até Obama já andou por aqui aprendendo alguma coisa.
O Brasil parece desenvolver um capitalismo para os ricos e para o politiburo instalado em Brasília, de modo a torná-los cada vez mais ricos, e um socialismo para os pobres, de modo a torná-los perenemente pobres, igualitariamente miseráveis, mesmo que essa enorme maioria venha no futuro englobar a classe média consigo. Quando isso ocorrer, acabará o socialismo, pois acabará o dinheiro... Dos outros.
Aprendemos a ver que o nosso sistema carcerário é lamentável, indigno e ineficiente, mas isso somente após a condenação e prisão dos mensaloneiros. Nenhum deles quer ficar na cadeia e, para tanto, alegam tudo que podem, desde falsas doenças incapacitantes às condições desumanas das penitenciárias.
No Brasil, o idealismo é a primeira vítima da corrupção institucionalizada. A segunda é o bolso de quem trabalha como um cão para sustentar essa joça.
A Internet concitou as pessoas de bem a irem às ruas protestar contra essa desordem de coisas, e os canalhas petistas e peemedebistas criaram os black blocs e os arruaceiros mercenários de sempre para desencorajá-los; e conseguiram.
O brasileiro que enxerga pelo menos um palmo adiante do nariz, assiste pela TV paga (porque em canal aberto só há programas idiotas para uma audiência não menos, e vislumbra a desconstrução nacional posta em prática pela horda vermelha que invadiu o estado brasileiro. Tem hoje sua esperança arrasada num futuro melhor, mas, por outro lado, vai adquirindo sabedoria e ânimo de lutar por uma cidadania constitucional superior e mais qualificada. No rastro da realização dessa esperança, surge a miragem de políticos minimamente qualificados e moralmente aptos a postularem cargos eletivos e de confiança.
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