sábado, 4 de janeiro de 2014

PARTE 2 -O QUE O BRASIL APRENDEU EM 2013? :: FRANCISCO VIANNA




As lições de 2013 estão aí para quem quiser aprender e elas nos indicam claramente o que fazer em outubro desse ano de 2014 que começa, ou seja, o brasileiro parece que começa a crer finalmente que o número 13 é aziago e agourento, embora ainda tenha pouquíssimas esperanças nas outras ‘dezenas’ partidárias.

A resposta nas urnas aos black blocs, uma horda de punks imbecis contratados pela cúpula ativista petista-peemedebista e pelo Foro de São Paulo para assustar qualquer cidadão de bem que se entusiasme e vá para a rua protestar pacificamente, está cada vez mais clara e evidente. Mas irá se impor?

Aprendemos ainda que "a infraestrutura caótica ‘desse País’ é obra dos governos anteriores", como disse a nossa hipodotada presidente, com a maior cara de pau, depois de mais de uma década de governo do seu próprio partido.

Por fim, os pedagogos do planalto nos ensinaram que o Plano Real não foi obra do FHC, como afirma a “mídia golpista” da direita, mas que foi Lula o seu criador, com uma mãozinha do Mantega, o menos respeitado dos economistas tupiniquins.

Como dizia o melhor presidente que os EUA já tiveram na era atual, Ronald Reagan, “os socialistas são aqueles que leram Carl Marx e Engels, e os antissocialistas são os que, além de lê-los, os entenderam muito bem”... Mas os socialistas, unidos agora pelo Foro de São Paulo – que inacreditavelmente muitos brasileiros simplesmente desconhecem e nunca ouviram falar – tentam decadentemente restaurar aqui na América latina, o que perderam no leste europeu... Seguem agora a tática desconstrutiva de Antônio Gramsci, o comunista italiano que prega que o socialismo deve se estabelecer a partir das fraquezas da própria democracia, de dentro dela, e por um trabalho de desmonte mediante anulação dos princípios morais e civilizacionais judaico-cristãos.

Há um movimento de esquerda (sinistra) de antinacionalismo, que privilegia as metas do Governo Mundial, e o “entreguismo” e a “privatização”, que antes eram armas dialéticas da nossa “esquerda caviar”, hoje se resumem na palavra ‘concessão’, principalmente daquilo que não temos competência de explorar – como o petróleo ‘offshore’, por exemplo – e o lucro oriundo da “mais valia” passou a ser admitido pelos socialistas tupiniquins, desde que o “partido” – e não necessariamente o estado – leve uma boa fatia dele.

Aprendemos também que o estado brasileiro é o maior cabide de emprego do mundo e que a camarilha no poder acha que ele deve continuar inchando, para desespero dos que pagam impostos, diretos ou indiretos, em cascata.

Neste ano, aprendemos que a escola pratica lavagem cerebral marxista em nossos adolescentes e que o importante não é capacitá-los a ter uma profissão profícua para o seu sustento e a geração de sua riqueza, mas para dar a eles o treino da reivindicação e da militância nos ‘movimentos sociais’ que lhes propiciem conseguir bolsas governamentais pagas por quem trabalha e produz para que vivam em seu “dolce far niente”.

Assim, ficamos sabendo, neste ano que terminou, que a nossa justiça não é capaz de caminhar com seus próprios pés uma vez que os próceres de seu tribunal de mais alto escalão são nomeados diretamente pelo “partido” através da caneta estulta e obediente de seus presidentes da república, ao invés de serem profissionais de carreira representando o que há de melhor no nosso Direito. Com isso, ela é extremamente morosa, prolixa, cheia de brechas especialmente criadas para que advogados espertalhões ludibriem a lei, e o resultado disso se traduz na frase que diz: “uma justiça tarda e incompleta é uma completa e rápida injustiça”...

Aprendemos que o MERD... Digo, MERCOSUL, nunca foi, de fato, um bloco econômico, mas apenas uma corriola política, em nome da qual estamos metidos no financiamento de ditaduras e no perdão de suas dívidas.

Aprendemos que o legislativo é um dos mais caros e ineficientes do planeta e só teme, ligeiramente, as ameaças das manifestações populares. Seus elementos, com raríssimas exceções, estão amplamente despreparados para ocupar os cargos que ocupam e a maioria não tem reputação de pessoas de bem. A forma como trataram a chamada “lei da ficha limpa” é uma flagrante demonstração do seu desprezo pela probidade e pela decência.

Com isso, constatamos ao longo do ano que acabou ontem um rosário de escândalos que a cada ano se torna mais longo e mais pesado para a consciência nacional, se é que ainda existe alguma. Em função dessa triste decadência, os fatos perdem a consistência, e apenas as versões, principalmente as dos implicados, são consideradas.

A história do país está sendo reescrita ao bel prazer de tais versões espúrias e mentirosas. O Brasil é cada vez menos um país mais rubro de vergonha das mentiras oficiais, porque a vergonha está acabando ou já se esgotou por completo.

Nossas Forças Armadas têm cada vez menos poder de dissuasão em relação a potenciais inimigos externos, que nos consideram mais “imperialistas”, do que assim considera, os americanos, a esquerda brasileira. A compra de meia dúzia de caças a jato para soltar fumaça em rasantes de comemoração em Brasília se tornou um jogo de política internacional, isso se não esbarrou no entrave usual do “quanto-é-que-eu-levo-nisso”.

Ou seja, aprendemos em 2013 a viver mais ainda no nosso mundinho subdesenvolvido de “faz de contas”, onde o crescimento é pífio e a roubalheira é galopante e onde as coisas que são preciso ser feitas para que o Brasil emerja de fato como uma grande potência mundial são deixadas de lado, pois isso exige governo de elite real, de meritocracia e de uma cidadania de qualidade que a possibilite.

A todos um 2014 focado principalmente, não da Copa do Mundo, mas no mês de outubro, onde o país terá mais uma oportunidade – talvez a última – de dar a volta por cima e construir uma nação justa, livre, produtiva, meritocrática, e acima de tudo conservadora de seus valores morais e civilizacionais.


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