sábado, 23 de agosto de 2014

Marina está fadada a trair


O grande ego é o pai da traição. Quem se sente um predestinado e prioriza o culto a personalidade tem medo da discordância, da crítica. É esse medo que gera uma neutralidade perigosa e falsa. E a neutralidade é a mãe da traição. Seres humanos com grandes egos quase sempre se posicionam entre o conforto de “lavar as mãos” e o silêncio covarde de suas convicções.

Marina Silva é assim. Simples assim.

Nas últimas Eleições presidenciais Marina ficou NEUTRA. Alguém se lembra?

Ao contrário do que desejavam seus milhões de eleitores – que ansiavam por uma indicação, uma orientação ou um caminho – Marina calou-se. Não apoiou Dilma e nem Serra. Com medo de decidir, declarou-se neutra. E ajudou a eleger Dilma.

Claro, não se espera de um político uma sinceridade absoluta, mas pelo menos transparência em algumas das suas convicções básicas. Isso Marina não faz. E quem não o faz assume o destino da traição. Vejamos:

a) Se eleita, Marina Silva irá mudar o atual Código Florestal?

SIM (trairá o agronegócio)

NÃO (trairá os ambientalistas)

b) Se eleita, Marina Silva irá abandonar os investimentos no Pré-sal e passará a investir em fontes alternativas para a matriz energética?

SIM (trairá a Petrobrás e seus parceiros)

NÃO (trairá os ambientalistas)

c) Se eleita, Marina Silva irá interromper a construção de Belo Monte?

SIM (trairá os empresários)

NÃO (trairá os ambientalistas)

d) Se eleita, Marina Silva irá apoiar o casamento gay?

SIM (trairá os evangélicos)

NÃO (trairá os movimentos sociais)

e) Se eleita, Marina Silva será contra a pesquisa de células tronco?

SIM (trairá os pesquisadores e a academia)

NÃO (trairá os evangélicos)

f) Se não for ao segundo turno, Marina repetirá sua posição de 2010?

SIM (trairá a oposição)

NÃO (trairá a si mesma)


Essas são apenas algumas perguntas que Marina Silva não responderá. Ou o fará por meio de respostas dúbias e escamoteadoras, bem ao seu estilo. No final, ninguém saberá realmente o que ela pensa. Sob pressão, ela jogará a responsabilidade para a platéia e sacará de seu xale sagrado a carta mágica: FAREMOS UM PLEBISCITO! Esse é o estilo Marina de ser. E esse é o tipo de comando que pode levar o Brasil ao encontro de um cenário de incertezas e retrocessos. O que ela fala – ou melhor – o que ela não fala hoje, será cobrado no Congresso Nacional caso venha a se eleger. Como Marina negociará com a bancada ruralista? Com a bancada religiosa?

Você, caro leitor, vai arriscar?

denner giovanni











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