Um Silêncio Ensurdecedor
Chamo a atenção aqui do silêncio de Dilma Roussef sobre a catástrofe. Na
verdade, Dilma tem silenciado sobre tudo, parece não ter opinião sobre nada.
Numa situação de tão grande calamidade espera-se que a chefe da Nação ao
menos diga seus sentimentos, mas nem isso.
É verdade que as calamidades recentes de São Paulo e do Rio de Janeiro,
trazidas pelas chuvas, com centenas de mortes, em parte foram determinadas
por fenômenos naturais incontroláveis, mas em parte foram determinadas pela
incúria governamental, sempre incapaz de prevenir qualquer enchente. Não
faltam guardas nas esquinas para multar motoristas incautos fundados na lei
injusta, verdadeiras ações de expropriação. Mas um mínimo sistema para
avisar os motoristas de enxurradas esses governos são incapazes de realizar.
Muita gente morreu de forma estúpida e perfeitamente evitável se os governos
fizessem sua parte.
Eu próprio fui vítima das enchentes. Cheguei ao aeroporto de Cumbica às
23:00 horas da última segunda feira, onde fiquei ilhado. A família não tinha
como me resgatar, os taxis pararam de circular. De forma capenga, tomei
ônibus, fui deixado a dois quilômetros da estação do metrô Tietê, de onde
fui até a mais próxima da minha casa, de onde tomei um táxi. Chegue em casa
às 6:30 da manhã. Depois de ver o tamanho da catástrofe parei de reclamar,
minhas perdas foram mínimas.
Chamo a atenção aqui do silêncio de Dilma Roussef sobre a catástrofe. Na
verdade, Dilma tem silenciado sobre tudo, parece não ter opinião sobre nada.
Numa situação de tão grande calamidade espera-se que a chefe da Nação ao
menos diga seus sentimentos, mas nem isso. O silêncio profundo a que se
recolheu, desde antes das eleições, leva a única conclusão: Dilma Rousseff
nada tem a dizer porque ela é um conjunto vazio e um ser incapaz de se
comunicar de forma clara. Seus marqueteiros provavelmente orientaram o
recolhimento, pois deixar um microfone próximo à Sra. Presidente é um
convite a infortúnios. Dilma certamente é menos inteligente e politicamente
menos preparada que Lula. Ela tem guardado um silêncio ensurdecedor. Se a
lua desabar sobre a terra ela nada terá a dizer.
O desamparo material e espiritual a que as vítimas das catástrofes estão
condenadas equivale ao desamparo geral da Nação. Dilma Rousseff nada tem a
dizer porque também nada tem a fazer, seja diante de enchentes, seja diante
de problemas cambiais, inflacionários e de toda ordem nos negócios do Estado
De fato, estamos diante de uma vacância na Presidência. Está a nos governar
o fantasma não recolhido de Luiz Inácio Lula da Silva, que se recusa a sair
do proscênio.
O Brasil está órfão.
José Nivaldo Cordeiro
Artigo, Maynard Marques de Santa Rosa - Desfecho macabro
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