sábado, 13 de outubro de 2012

É a sedução da barbárie ...


RIVADAVIA ROSA





Há um novo/nuevo experimento sociopolítico criminoso, gestado nas entranhas do Foro de São Paulo, em marcha não só no Brasil, mas também na América Latina:



-episódios de violência – demonstrativos da vigência de situações que vão do grotesco, degradante até a extrema barbárie, com o medo e intimidação diária que parecem não ter limites, mas que ainda recrudescem reiteradamente nos períodos eleitorais pela instrumentalização política do crime;

- a democracia foi transformada em lenocínio eleitoreiro;
- o princípio da amoralidade mafiosa’– prevalece com a assimilação indiferente dos delitos de corrupção e corrupção eleitoral;

- os novos vândalos pisoteiam cotidianamente a Constituição, as leis e o Estado de Direito – rumo à barbárie e exclusão do País da ordem civilizada.

Há uma justa demanda por justiça, mas não se respeitam as leis e os juízes; fala-se muito de ética, mas não se a exige de si mesmo. A polícia sempre é apedrejada, mesmo quando age dentro da lei e no estrito cumprimento do dever legal, como se tem verificado nos Estados brasileiros que se ‘atrevem’ a cumprir e fazer cumprir a Lei.

De modo que a força do Estado – detentor do monopólio legítimo da força – como manda a Constituição e a lei – não se aplica, e, quando opera é criticado impiedosamente. A anarquia impera, o Estado fica à deriva – enquanto a criminalidade – promove a violência impune e cotidiana; e a comunidade desprotegida, com a defesa da ordem pública interditada, inclusive pelo desarmamento (unicamente dos cidadãos).

Percebe-se a clamorosa ausência criminosa do poder do Estado ante a intimidação das invasões de terra, bloqueio de rodovias, invasões de prédios públicos – demonstrada pela indiferença ante a insegurança e o crime cotidiano ultrapassou há muito os limites impostos pelo ESTADO DE DIREITO.

Assim, a anarquia vai se impondo – carnavalescamente (no pior sentido) – diante da leniência e paralisia da vontade dos governantes – que já não têm a vontade política, de sequer de garantir a livre circulação nas vias públicas, assim como o elementar direito de ir e vir– numa verdadeira estratégia de corrosão dos valores e das instituições para criar uma anarquia institucional e impor uma nova ordem como sonho utópico delirante.
Enfim, a violência incontida e o país resignado, acovardado, senão estupidificado, enquanto os bárbaros dissimulam a realidade – clamando nos Foros por igualdade, justiça ‘social’, redistribuição de renda, direitos humanos...

É a sedução da barbárie ...


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