quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Procurador quer prisão imediata dos mensaleiros



Na reta final do julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel (à esq.), disse nesta quinta-feira (18) que estuda uma nova manifestação aos ministros, que deve ser entregue na próxima semana, reforçando o pedido de prisão imediata dos réus condenados. Isso, considerando que a ação deverá ser concluída na próxima quinta-feira (25), antes das eleições. Depois de quase três meses de julgamento, 37 sessões e 25 condenações, o Supremo já estabeleceu que houve um grande esquema de desvio de recursos públicos com o objetivo de comprar apoio político no Congresso nos primeiros anos do governo Lula.


A Corte começou nesta quarta-feira (17) a analisar o último capítulo da denúncia, o capítulo 2, que trata da formação de quadrilha e envole 13 réus nos núcleos político (José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares), operacional (grupo de Marcos Valério) e financeiro (grupo do Banco Rural). Nesta quinta-feira (18), votaram os ministros relator Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo Lewandowski.

Gurgel explicou que não vê sentido em esperar a publicação da decisão e eventuais recursos para que as condenações sejam efetuadas.

"Do ponto de vista da Procuradoria, caberia a execução imediata da decisão", argumenta Gurgel. "O que eu defendo é que a decisão do STF não desafia recursos de efeito modificativo", completou.

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