sábado, 4 de janeiro de 2014

O ANO ACABA PARA UMA Venezuela ASFIXIADA PELA INFLAÇÃO E ESCASSEZ SOCIALISTA



Ao anunciar uma inflação 56,2 por cento ao apagar das luzes de dezembro e de 2013, o governo da Venezuela admitiu que o país tem, agora, a maior taxa de inflação do planeta, mas os economistas advertem que os venezuelanos apenas experimentaram até agora o início da crise econômica gerada pelo socialismo ‘bolivariano’ em 2013 e que a alta dos preços e a escassez serão ainda muito maiores em 2014, com o país entrando num período de hiperinflação.

Orlando Ochoa, professor de economia da Universidade Católica Andrés Bello, em Caracas, afirmou que “a Venezuela teve uma forte queda do crescimento econômico, com mais inflação e desabastecimento por escassez e retração do consumo devido ao empobrecimento generalizado da população, com exceção da reduzida burguesia do politiburo socialista do regime bolivariano que está cada vez mais rica e poderosa”. Afirmou também que “isso não constitui propriamente uma surpresa e que o fato ocorre com todos os regimes socialistas conhecidos” e completou dizendo que “o que ocorre no país é apenas a ponta visível do iceberg”, e que a guerra civil é uma possibilidade que começa a assomar no horizonte.

Na situação em que se encontra a economia, onde os compromissos no curto e no médio prazo superam significativamente a receita do regime, “não há nada que possa ajudar a estabilizar os preços na Venezuela. Há uma forte defasagem cambial e nenhum plano para se estabilizar ou reordenar o ‘mercado cambial’, ou tampouco um plano para estabilizar os preços ou para garantir o fornecimento de muitos produtos de primeira necessidade”, explicou Ochoa.

O país sulamericano parece ter chegado a um ponto tal de fragilidade econômica – com a fuga em massa da ao de obra especializada e dos capitais privados – tem tudo para ter um ano de 2014 difícil, especialmente no primeiro semestre.

A pesar do regime de Nicolás Maduro ter finalmente reconhecido oficialmente uma inflação nacional de 56,2 por cento, superando em mais do dobro a registrada em 2012, muitos especialistas e economistas acreditam que mesmo essa taxa de inflação não corresponde à verdadeira, que dizem se situar entre 68 e 70 por cento ao ano.



Mesmo assim, a taxa admitida agora como oficial pelo Palácio Miraflores superou à da existente na Síria atualmente, país do Oriente Médio que se debate com uma sangrenta guerra civil e que tem a inflação mais alta do mundo. A inflação neste país árabe atingiu 50 por cento em novembro último.

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