Logo depois que o Grupo Galileo comprou a Gama Filho e a UniverCidade, a imprensa noticiou as dificuldades na administração de ambas e que um projeto estava sendo desenvolvido para a sua reestruturação, o que é confirmado pela nota do próprio grupo: A Galileo Educacional já havia apresentado um amplo projeto de reestruturação junto ao MEC, contemplando a retomada das atividades acadêmicas e regularização dos salários de professores e funcionários.
Portanto, o MEC sabia perfeitamente o que se passava e não agiu. Por quê? Como é que pode um órgão cuja função precípua é cuidar da Educação, sem mais nem menos, descredenciar duas universidades, sem sequer dar alternativas até mesmo para os alunos? Aonde vão distribuir os 9.000? E os 1.600 professores? E os 1.000 funcionários?
Dinheiro não falta, pelo menos para construir estádios de um bilhão de reais para cima, para sustentar a folha de pagamento de 1,3 trilhão de reais dos funcionários públicos, cujos salários não atrasam um dia sequer, e para encher os bolsos da quadrilha do poder. Então, falta o que? Simplesmente todo o resto: honestidade, vergonha na cara, iniciativa, interesse, consideração com o povo, inteligência e competência.
É assim mesmo. No dia que não houver mais um brasileiro que não for analfabeto funcional, no dia em que não houver mais um capitalista para pagar impostos e sustentar os pobres, no dia que não houver mais o agronegócio para levar o Brasil nas costas, talvez os petralhas se deem por satisfeitos. Mas aí será tarde demais: já estaremos sobrevivendo sem dinheiro e sem comida e nos tornaremos canibais.
Aviso: minha preferência é por carne vermelha!
Por Ricardo Froes
Nenhum comentário:
Postar um comentário