domingo, 23 de fevereiro de 2014

O Ministério da Saúde recorre aos truques da “contabilidade criativa” para maquiar a debandada dos escravos de jaleco



Nas contas do governo federal, o exército cubano importado pelo programa Mais Médicos já sofreu 27 baixas. Os estragos são muito maiores, informa a reportagem publicada pelo site de VEJA. A diferença entre os números oficiais e os apurados pela imprensa sugere que o ministro da Saúde, Artur Chioro, tem tudo para tornar-se o melhor aluno do Cursinho de Contabilidade Criativa do Professor Guido Mantega. Mas logo aprenderá que maquiar a inflação, roubar no peso da balança comercial ou fingir que o pibinho engordou é bem menos complicado que esconder com algarismos procissões de desertores.

“É apenas o começo; é só o primeiro grito que vem das gargantas sufocadas”, avisou há uma semana o post sobre a opção pela liberdade feita pela médica Ramona Rodriguez. Mais de 5 mil cubanos recrutados pelo programa venezuelano que serviu de modelo para o Mais Médicos mandaram às favas a ilha-presídio, viraram as costas à caricatura bolivariana e se instalaram em paragens democráticas. Preocupado com a reprise da debandada, o governo brasileiro encomendou aos Irmãos Castro um segundo lote de doutores. A ditadura caribenha terá de duplicar a produção das fábricas de diplomados em medicina para atender à demanda por peças de reposição.

Dilma Rousseff e Alexandre Padilha imaginavam que passariam a temporada eleitoral aplaudidos por multidões de pacientes dispostos a pagar com o voto a doação de um médico estrangeiro. Podem acabar caçando álibis para provar que não são culpados pelo sumiço dos escravos de jaleco.

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