EXCESSO DE CRÉDITO
Estimulando o consumo até não ter mais o que consumir
A insistência com essa política demonstra claramente que ela não será mudada e que um novo governo com as mesmas políticas vai gerar os mesmos erros atuais...
É assustador voltar a falar sobre estímulo a economia quando praticamente todos os economistas do país já declararam que o modelo de crescimento econômico baseado no consumo está esgotado e superado. De minha parte, eu sequer acredito que consumo possa ser modelo de crescimento econômico. O que faz uma economia crescer é o aumento da produtividade, que se faz com investimento em tecnologia e educação. E para que haja esse investimento, precisamos poupar recursos, e não gastá-los em estímulos ao consumo. Investindo em produtividade, o consumo cresce de maneira natural e sustentável, mas isso só é possível com poupança.
Mas o Brasil não investe em produtividade e continua insistindo na lamentável política de consumo. A reportagem do último domingo, 27, do Jornal o Globo mostra que, de acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria, o setor industrial não pretende fazer investimentos relevantes pelos próximos dez anos, e isso faz todo o sentido dentro de um ambiente de baixíssima concorrência em virtude da alta burocracia interna e do protecionismo contra produtos externos, mas mina por completo o crescimento brasileiro. Sem nenhuma coincidência, outra reportagem do mesmo jornal, publicada na última segunda-feira, 28, mostra que os estímulos do governo ao consumo no setor automobilístico e de linha branca, entre outros, praticamente não gerou efeitos.
A insistência com essa política demonstra claramente que ela não será mudada e que um novo governo com as mesmas políticas vai gerar os mesmos erros atuais. Ainda bem que eu não sou do Santander. Aqui no IL não perdemos o emprego quando falamos obviedades econômicas contra o PT.
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