sábado, 20 de setembro de 2014

EM COMUNICADO ESTRANHO, IBGE ADMITE “ERROS GRAVES” NA PNAD E AFIRMA QUE DESIGUALDADE CAIU.


Em regimes de exceção, o governo normalmente manipula dados oficiais para tentar perpetuar-se no poder e não perder o apoio popular. Em regimes democráticos, atitudes como essa são abomináveis. Mesmo diante dessa realidade, o governo de Dilma Rousseff impediu que o IBGE divulgasse, neste ano, o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Trata-se de um estudo novo desenvolvido com amostragem e abrangência diferentes da tradicional Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que o IBGE usa para avaliar a situação do mercado de trabalho no País.

Ao impedir a divulgação da PNAD Contínua, o governo evitou que a população soubesse que a taxa de desemprego em 2013, nessa nova modalidade pesquisa, alcançou a marca a 7,1% na média nacional, que o Nordeste registra índice de 9,5%, quase o dobro do registrado na região Sul, e que 20% dos jovens nordestinos aptos para o trabalho não qualquer ocupação. Por ocasião da polêmica, a presidente do IBGE disse que seriam enormes os riscos de a PNAD Contínua ser contestada.

O anúncio do IBGE, um dia após a divulgação da PNAD, soa estranho, pois faltando pouco mais de duas semanas para a eleição presidencial o órgão descobre que cometeu erros graves. Instituição importante para o País, o IBGE não pode ter abalada a sua reconhecida credibilidade, até porque é de sua alçada o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, e do Produto Interno Bruto (PIB). Diretores do instituto negaram qualquer tipo de pressão política para que fossem anunciados os tais erros, com a respectiva mudança dos dados, mas a declaração não convenceu.
http://ucho.info/em-comunicado-estranho-ibge-admite-erros-graves-na-pnad-e-afirma-que-desigualdade-caiu


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