A última semana. Uma mentira repetida mil vezes... Frase mais que conhecida e assim mesmo inútil. Faca na pedra, afiada faca: amigos que se fanatizaram a tal ponto, que ainda os considero amigos, perdidos?
Espero que não. Mas que tenho a ganhar, senão a solitária calma, a honrada calma de olhar filhas e filho; esperar que compreendam que joguei a minha precária e louca estória para dar-lhes uma digna história, embora roubando à minh'alma a calmaria, a introspecção pretérita, em nome de uma causa, sem rosto, sem nada...
A honradez de um homem: e agora, José? Sua biografia sem mácula, contra uma patuscada, armada e "amada" por um povo dementado, guiado por um louco autoidolatrado, igualando e modificando fatos, segundo sua deformada imagem.
Os grandes homens, desapareceram na curva da memória; restou a farsa, a lança quebrada de retardatários Quixotes, sem moinhos, sem ventos, sem (principalmente...) Dulcinéias ou Rocinantes... Quem me dera, como Drummond, ter apenas duas maõs e o sentimento do mundo... Drummomd se foi... A rosa do povo se foi... Mas restaram os versos, agora, solilóquios sem platéia; não mais aplausos, somente urros, o medo, a esquina proibida, a cortina rasgada, o amor adiado... ele, o esperado...
Mas é preciso algum traço de dignidade, um guardanapo de linho, um travesseiro de penas, algo que dê algum sentido à um previsivel cotidiano em um país de sol a pino, langoroso, precocemente envelhecido.
Os intelectuais de gabinete, reclamam do melancólico oposicionista, honesto, de indisfarçáveis olheiras biografia inatacável, que importa? Perderam-se no jogo de espelhos, na busca do tempo perdido, no bonde perdido das perdidas ilusões; envelheceram com suas idéias, na projeção de um lider de papelão...
O timido José, é sóbrio, competente... Mas em Fevereiro tem carnaval... É preciso aumentar a geral do Maracanã, a banda larga, vai alargar a comunicação e diminuir o déficit de atenção, o que será uma rima mas não uma solução...
Enfim, escrevi um texto para mim mesmo; quem quer saber de bom senso? Se o digno homem de olheiras, não for eleito, nem textos mais teremos...Estaremos ao sabor do Grande Irmão, que cuidará dos nossos dias, cuidadosamente, permanentemente... talvez, eternamente...
carlos vereza
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
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