A cada dia, surgem mais denúncias praticadas pela Casa Civil, desde quando Dilma Rousseff ocupava a titularidade do Ministério. Quando Erenice coloca o seu sigilo fiscal à disposição da polícia e da justiça ela bem sabe o que está falando, pois o dinheiro não passou por suas contas bancárias. Mas se abrirem o sigilo fiscal e bancário dos seus filhos, dos seus subordinados e de algumas pessoas que circulavam em seu entorno, pode-se ter uma vaga ideia de quem se abastecia com o dinheiro dos caixas do erário público. Erenice sabe dessa movimentação e já avisou que pode falar, caso sinta que ela e os seus estão sendo usados como o bode na sala.
Outra bomba com efeito de uma onda tsunami é o que existe nas gravações em poder da revista “Veja”, cujas fitas estão confinadas num cofre da Editora Abril. Os diálogos, envolvendo gente de grosso calibre dentro da esfera pública federal, atinge a candidata Dilma Rousseff, ministros, secretários e assessores presidenciais. Fica-se sabendo, ainda, que a autonomia de órgãos do Estado servia mais para comprometer homens públicos – para obter proveito da situação - do que para suas funções constitucionais.
Nem mesmo o presidente da República foi poupado. O ódio que Lula vem destilando – me desculpem a provocação – não vem somente dos destilados e do vácuo de poder que o faz perder o equilíbrio emocional, mas porque sua privacidade se tornou pública em determinados escaninhos do serviço federal.
Lula ficou emotivo, chora por pouca coisa. Lamenta por ter que largar a teta, o aerolula, a bajulação, as mordomias palacianas e o palanque oficial. Quando, daqui a alguns dias, voltar para São Bernardo do Campo, Lula vai voltar a ser ele. E aí, minha gente, vai perceber que já foi e que agora não é mais nada. Não haverá por perto nem mesmo aqueles puxa-sacos, que se dobravam de tanto rir de suas piadas infames. Desses, o que mais lhe fará falta é o presidente da Petrobras, o mais risonho entre todos os bajuladores.
(*) Nilson Borges Filho
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
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