O sociólogo Émile Durkheim (1858-1917), preocupado com a arrogância científica do marxismo, que começava a conquistar a Europa, observou que a paixão e não o rigor científico é que inspirava esses sistemas revolucionários: O que lhes deu o ser e a força foi a ânsia por uma justiça mais perfeita, a dor pelo sofrimento das classes trabalhadoras, esse indefinível sentimento de mal-estar que palpita nas sociedades contemporâneas. E, afirmando que o socialismo não é uma ciência, senão um grito de dor e às vezes de cólera lançado por homens que sentem mais profundamente o mal-estar coletivo, Durkheim observa que a relação do socialismo com os fenômenos sociais que o promovem é a mesma dos gemidos do enfermo com a doença que o afeta. E o que pensaríamos de um médico que tomasse as palavras do paciente por aforismos científicos? ironiza. Ora, se nem mesmo as dores reais dos oprimidos podem justificar a sanguinária utopia socialista, então que os intelectuais de esquerda calem suas dores discursivas e deixem os pobres em paz.
O desespero e a raiva impotente das elites woke
Há 2 minutos
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