sábado, 1 de fevereiro de 2014

MARIA DILMA ANTONIETA




por Enio Mainardi


Fui buscar na Wilkipedia se a rainha guilhotinada Maria Antonieta, na ferveção da Revolução Francesa tinha ou não dito a frase fatal: “se o povo não tem pão, por que não come brioches”? Isso teria inflamado a multidão plebéia, que pediu, cheia de ódio que a cabeça da rainha fosse separada do corpo, através da guilhotina. E nesse embrulho histórico caiu a monarquia e junto, caíram as cabeças dos nobres. Allons enfant de la Patrie...Essa foi uma lição para as castas nobres do mundo todo, que passaram a prestar atenção no que lhes dizem seus especialistas em relações públicas. Será que a Dona Maria Dilma Antonieta, tem alguém que lhe leve a verdade do que pensa o povo? Ela andou tropeçando feio, esta semana. Levou uma corte real inteira, até de devotos lustradores de botas, para uma viagem a Davos. Foi um vexame que não deu em nada, com um discurso chinfrim, irrelevante. Afastando-nos assim, cada vez mais, das políticas e do comércio internacional. E na volta da Suíça, mentiu que seu avião precisava reabastecer em Lisboa. Mentira, o avião tem autonomia, podia vir direto para o Brasil. E estando lá em terras portuguesas ela lotou o hotel mais caro de Lisboa, 40 quartos. Gastando num jantar-bacalhoada 300 mil reais para o seu séquito que, num vexame típico de classe média aproveitadora, encheu sacolas de viagem com Vinho do Porto, bem contentes com aquela boca livre. What a shame! Não muito diferente de quando um caminhão é saqueado perto de uma favela, com os pobres levando tudo quanto podem antes da polícia chegar. No percurso de sua jornada real, a Dona Maria Dilma Antonieta parou em Cuba, onde foi inaugurar o Puerto de Mariel (porto livre?) com dinheiro do BNDES. Aproveitando o encontro com os ditadores Castro para negociar a vinda de mais 2.000 “médicos” cubanos. A frase “...por que não comem brioches?” ainda não foi dita. Mas o significado do desprezo pela opinião pública foi ostensivamente provado. Ela, a Dona Maria Dilma Antonieta não se sente obrigada a explicar nada. Algumas perguntas simples. Por que nossa grana foi destinada ao Puerto Mariel ao invés de investir nos portos brasileiros, tão precários para escoar nossa produção agrícola? Por que não foram reconstruidas as nossas estradas que dão lá, hoje veias entupidas à beira de um enfarte? Por que nossos estádios custaram (e ainda vão custar) o dobro do gasto na Alemanha, por exemplo? Por que fazer a Copa, neste país tão desgraçado, sem infra estrutura? São tantas as perguntas – e nenhumas as respostas. A Rainha pode tudo com sua caneta generosa, sempre pronta para assinar qualquer providência que dê mais poder e dinheiro de corrupção aos da canalha do PT. Bom, tem sempre uma lógica que se repete na história do mundo. É que os ditadores acabam caindo, inexoravelmente. Alguns tem a sorte de conservar sua cabeça. Outros, ao serem enterrados, precisam ter sua cabeça costurada ao pescoço. Que será que vai acontecer com a Maria Antonieta brasileira? Suspense.


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