segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, apresentou ao Ministério Público Federal, em 24 de abril, uma representação contra os blogueiros petistas



 




O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, apresentou ao Ministério Público Federal, em 24 de abril, uma representação contra os blogueiros petistas Fabiano Portilho, do Portal I9, e Miguel Baia Bargas, do Limpinho & Cheiroso, por crimes contra a honra de servidor público em exercício da função, no caso o próprio Moro.



Na última sexta-feira, 21 de agosto, um oficial de justiça
entregou a Bargas intimação do MPF (ver imagem ao lado), assinada pela procuradora da República Heloisa Maria Fontes Barreto, para que ele preste esclarecimentos no procedimento penal instaurado pela suposta prática do crime.



Bargas é citado na representação de Moro por ter reproduzido em seu blog uma das “matérias mentirosas” de Portilho – “Moro trabalhou para advogado do PSDB que desviou R$ 500 milhões” – dando-lhe um título “ainda mais categórico” que o envolve diretamente em “desvios de recursos públicos”: “Paraná: Quando Moro trabalhou para o PSDB, ajudou a desviar R$ 500 milhões da Prefeitura de Maringá”.



Fabiano Portilho, relembro, é o mesmo blogueiro que
atacou o procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes quando veio a público a investigação aberta pelo MPF sobre o suposto tráfico de influência de Lula em favor da empreiteira Odebrecht.



Lopes se limitou a reagir no Facebook (
aqui), mas Moro foi além com a representação, desmentindo ainda outras duas matérias de Portillo: “Esposa de juiz da Lava Jato fez parte da Máfia das Falências no Paraná” e “Esposa de juiz da Lava Jato é assessora jurídica de vice de Beto Richa, do PSDB” – esta última, reproduzida em vários blogs sujos do PT.



“O objetivo de algumas delas é ‘revelar’ inexistente vínculo do ora Requerente com partidos políticos de oposição, sugerindo que os processos da assim denominada Operação Lavajato seriam movidos por propósitos político-partidários, ou seja, que este julgador, ligado a partidos, estaria cometendo o crime de prevaricação”, escreveu Moro.



“O objetivo de outras delas é ‘revelar’ que pessoas ligadas ao ora Requerente seriam criminosos, como o advogado com o qual o ora Requerente trabalhou antes de ingressar na magistratura, ou mesmo a esposa do Requerente. Em ambos os casos, as notícias são absolutamente falsas, sem qualquer base na realidade”, completou o juiz, antes de desmascarar uma por uma, como se pode ler no documento original abaixo.



Sem pedir a censura ou interdição das matérias, “por ser contra, por princípio, essa providência”, Moro solicitou ao MPF que “tome as providências necessárias para processar criminalmente os responsáveis pelas matérias e as demais pessoas eventualmente envolvidas em sua produção”.







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