sexta-feira, 10 de dezembro de 2010



ALUÍSIO AMORIM

Respondendo a um leitor do blog, meu caro amigo CFE foi na mosca quanto ao antiamericanismo do WikiLeaks e do marginal Julian Assange, procurado pela Justiça sueca (por "suposto" abuso sexual, segundo o vetusto Clóvis Rossi, da Folhona). E, como eu disse no post anterior, não é só na América Latina que prolifera o antiamericanismo. Também a ONU, esse perdulário organismo internacional sob poder de tiranetes, sai em defesa do foragido ladrão de dados. Para encerrar: no século passado, o fascismo, o nazismo e o comunismo eram antiamericanos - porque antiliberais, precisamente. Ainda há nostálgicos no mundo inteiro, em especial no Brasil de tradições autoritárias.

Ao texto do CFE:


"Por que essa proteção com os Estados Unidos?"


A seletividade, meu caro.


Antes de mais seria importante saber como a informação foi obtida, depois como se dá a estruturação e apresentação do material. Claramente, não é um trabalho jornalístico em termos investigativos, mas uma manobra para atingir um adversário, ou melhor um inimigo.

Utilizando o canal mais prezado do Ocidente e do qual os EUA são ícone querem fazer uma espécie de volte-face na liberdade de imprensa.


Quem financia o trabalho das várias pessoas envolvidas no projeto ?


Por que gente como esse senhor (http://chicowhitaker.net/)
está metida no meio ?


E depois seria, no mínimo, um pouco tosco pensar que a linguagem interna das comunicações não se pautasse por objetividade e sinceridade: o trabalho de diplomacia é esse mesmo, ou julga que a forma e conteúdo são exclusivos do Dep. estado americano ?


Li há tempos um livro, se não caio em erro de Geneton Moraes Neto, que revelava telegramas do Foregein Office sobre a situação de Janio Quadros na presidência do Brasil. Só que ao contrário do pinçamento de informações, como esse que cito, a divulgação do Wikileaks tenta cair no gosto do povão, que fica encantado com as incongruências e novas revelações ao ritmo de novela das 8, tal é a quantidade de revelações. O que essa gente nunca imagina é que se aqueles que os envolvem dissessem tudo aquilo que pensam sobre suas pessoas não sobraria pedra sobre pedra.


E nem o trabalho investigativo de historiadores pode se vangloriar da divulgação porque passadaa a alegria dessa etapa irão deparar no futuro com um secar e cuidado muito grande na troca de mensagens entre as embaixadas, quando da abertura oficial da documentação. Porque se o que eu digo agora tem a hipótese de vir a ser descoberto antes do previsto, então haverá manipulação e enxugamento do conteúdo de modo a minimizar os danos em caso de vazamento.


PS: Acha sinceramente que um chefe de estado deve referir-se a assuntos de segurança doutro país nesses termos? Acha que é o Lula ou o Brasil que sai prejudicado nesse tipo de declarações?

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