Carlos Newton Procurado pela Interpol em 182 países, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) podia ser encontrado ontem em São Paulo, livre, leve e solto, como principal participante da festa cívica que formalizou o apoio do PP à candidatura de Fernando Haddad (PT) à prefeitura da capital paulista.
Antes mesmo do patriótico ato, Maluf já havia conseguido emplacar a contratação de um indicado seu no Ministério das Cidades: o pepista Osvaldo Garcia, nomeado secretário nacional de saneamento ambiental do Ministério das Cidades na última sexta-feira. Mas à imprensa, Maluf disse que nem conhece Garcia e não sabe quem é. “Não conheço ele. Parece que é do Paraná. É do PP do Paraná”, desconversou Maluf, alegando que seu apoio ao candidato petista Fernando Haddad é exclusivamente “por amor a São Paulo”.
“É o nosso candidato porque eu amo São Paulo. E por amor a São Paulo eu tenho plena convicção de que São Paulo vai precisar do governo federal para resolver seus problemas”, disse o amoroso Maluf, envaidecido com a visita que lhe fizeram os dirigentes do PT, que outrora foram seus maiores inimigos.
MALUF HUMILHOU LULA Para aceitar dar apoio ao candidato petista, Maluf fez questão de humilhar Lula publicamente. Exigiu que ele fosse visitá-lo em sua mansão no Jardim Europa, e Lula teve de ir, acompanhado do próprio Haddad e do presidente do PT, Rui Falcão, que tiveram o constrangimento de confraternizar com malufistas históricos, como o vereador Wadih Mutran (PP).
“Nós não devemos olhar pelo retrovisor. Temos de olhar pelo parabrisa. Quem olha pra trás, não olha para a frente”, disse Maluf, que se dispôs até a participar do programa de Haddad na TV Maluf disse ainda que as divergências ideológicas com o PT ja não existem. “Não tem mais no mundo esquerda e direita”, explicou. “O que tem hoje é “efficacité” [eficácia em francês]. Eu fiz a minha opção por uma parceria estratégica com o governo federal”, ressalvou Maluf. Então, está tudo explicado. E fica combinado assim.
PROCURA-SE VIVO OU MORTO Como se sabe, Maluf está na lista de procurados da Interpol e corre o risco de se preso e extraditado para os Estados Unidos caso deixe o país. Ele é acusado pela Procuradoria-Geral de Nova York por suposta prática de lavagem de dinheiro e envio ilegal de US$ 11,6 milhões para uma conta bancária nos EUA. Caso seja condenado, pode cumprir até 25 anos de prisão.
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