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VOCÊ ACREDITA NAS PESQUISAS ELEITORAIS?
Desde meados do século XVIII a política e a (in) governança não implica mais no domínio do príncipe, mas num conjunto de técnicas – visando exclusivamente o poder, quando não o poder pelo poder.
Mas nos tempos atuais o que prevalece é a arte da política transformada em arte da dissimulação – para manipular de forma astuciosa o mundo das aparências e enganar as massas - o respeitável e distinto povo, sem identidade - num grande espetáculo virtual encenado com os instrumentais midiáticos, propaganda enganosa, pesquisas de opinião, retórica discursiva vazia que provocam efusivos aplausos na tribuna e no cenário do grande palco da ilusão - como tem acontecido, sobretudo abaixo da linha do Equador.
Aí se inserem os demagogos que se caracterizam por sua exclusiva atenção no curto prazo – o que o povo deseja hoje é prometido. Quando o humor social muda – eles também mudam. Não lhes interessa a próxima geração senão a próxima eleição, apegados ao cinismo instrumentalizado pela política como técnica, reforçada pela hipocrisia para aparentarem qualidades e sentimentos diferentes do que na realidade têm; pelo populismo erigido a doutrina política que se apresenta como defensor dos interesses e aspirações do povo, aversão às elites econômicas (e às vezes intelectuais) e, por denunciar a corrupção política por parte das ‘classes privilegiadas’, com apoio ao mesmo tempo na ‘pequena burguesia’ na classe trabalhadora e nos segmentos marginalizados da sociedade, excluídos e até no crime (des) organizado.
Nesse quadro de descalabro (a) (i) moral a mentira prolifera e, repetitivamente – a soma de mentira ou falsidades múltiplas em termos goebellianos – pode erigir-se à verdade para as massas incautas.
Nas eleições o velho bordão que continua irrefutável - “VOTE E GANHE” – é a mensagem astuciosa porque, tanto em política como em futebol todos querem ganhar.
Para ‘vender produtos’ de forma enganosa – pode se distinguir no âmbito político dois tipos de pesquisas (nada de misticismo, nem de religião) – uma ‘exotérica’ – que se exibe para o público; outra ‘esotérica’ – que o pesquisador reserva para o cliente que a encomendou (e pagou!)
O objetivo das pesquisas exotéricas – é o marketing. Quando se pode mostrar com um mínimo de verossimilitude uma pesquisa que favorece a um candidato, este decide mostrá-la; como as pesquisas admitem certa margem de erro (quatro por cento de erro técnico para cima e, também para baixo), a exibição de uma determinada pesquisa pode favorecer a quem a encomendou com oito pontos de margem.
Uma forma que nós observadores temos para não sermos enganados e nos mantermos em torno da verdade é fazer a média do que dizem as diversas pesquisas, umas favoráveis ao que a contratou e outras favoráveis a seus rivais, para diminuir a escandalosa distância entre elas. O certo é que quem a compra quer um ‘produto que lhe agrade’. Daí as pesquisas que extrapolam qualquer nível de razoabilidade ...
A importância das pesquisas exotéricas na política – revela-se pelo ‘exitismo’ de quem as examina, circula naturalmente e o desejo de jogar. Este fator também conta nas pesquisas sobre a popularidade do governante. Se as pesquisas exotéricas dizem, por exemplo, que o governante x goza de grande popularidade, poucos terão coragem de contradizê-la. Os mitos vão se forjando ...
Mas o efeito que produzem as pesquisas esotéricas não é só sobre o público que desconhece como foram feitas, mas também sobre o político que as conhece porque as encomendou. Este exame é necessário porque as pesquisas esotéricas são interligadas a tentação demagógica. É, por isso que os políticos – dizem exatamente o que o respeitável e distinto público quer ouvir, o que a maioria, em cada circunstância deseja ouvir.
Assim, nós meros mortais observadores devemos olhar com lupa e muita atenção, as pesquisas exotéricas, mesmo porque o complexo mundo das pesquisas não se esgota nelas.
Por outro lado as pesquisas esotéricas – reservadas ao cliente, são as que mais se aproximam da verdade. Só que a verdade, neste caso, é conhecida unicamente pelo cliente. Assim fica difícil aferir a veracidade do resultado porque a pesquisa foi encomendada.
E, nesse mundão midiático – as pesquisas com suas manipulações podem ser fatores determinantes dos rumos político ou (des) caminhos da política.
Abs Rivadávia
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As urnas eletrônicas, programadas para produzir os resultados dos institutos de pesquisa chapa branca ? Quem diz acreditar nas urnas eletrônicas é débil mental, ou desinformado ou pertence ao esquema do PT. Nem a Dilma acredita, mas mantém o esquema pois ainda é bom para ela.
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