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O ANIVERSÁRIO DA PETROBRAS E AS MÃOS SUJAS DE LULA, CARIMBADAS NAS COSTAS DE DILMA. OU: EU, PETROBRAS, 60 ANOS, ENDIVIDADA E REBAIXADA
Nos 11 anos de gestão petista, muito especialmente nos oito em que Lula esteve à frente do governo, nenhuma área do governo ou empresa estatal teve uma gestão tão arrogante, tão autoritária e, ao mesmo tempo, tão ineficiente quanto a Petrobras e olhem que não se está falando exatamente de uma estatal. Como se sabe, trata-se de uma empresa de economia mista. Os desacertos foram se acumulando. Em vez de dar explicações quando confrontado com os problemas, o petista José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da gigante, demitido pela presidente Dilma em janeiro de 2012, respondia com grosserias e desaforos. Muito bem: a empresa está fazendo 60 anos. No seu aniversário, duas péssimas notícias: 1) a agência de classificação de risco Moodys rebaixou as notas de crédito da estatal de A3 para Baa1 em razão do elevado endividamento (e, nesse particular, o governo Dilma tem uma parcela enorme de responsabilidade); 2) segundo relatório do TCU, o atraso na entrega do Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj), no Rio, pode gerar um prejuízo para a empresa de R$ 1,4 bilhão.
A Petrobras encerrou 2010 devendo R$ 118 bilhões; em junho deste ano, já devia R$ 249 bilhões parte desse rombo decorre de a Petrobras importar gasolina a um preço superior ao de venda no mercado interno. Como a economia degringolou, é preciso segurar o preço dos combustíveis para que a inflação não dispare. E então voltamos às fotos. No dia 21 de abril de 2006, durante a inauguração da Plataforma P 50, em Campos, Lula repetiu o gesto de Getúlio Vargas, em 1952, e sujou as mãos de petróleo. O populista marcava o início da extração no Brasil; o petista comemorava a suposta autossuficiência do Brasil. Pois é
Na gestão petista, a Petrobras, que nunca foi exatamente um exemplo de transparência, transformou-se, de fato, numa caixa preta. Exemplos escandalosos de má gestão e de uso político da empresa foram se acumulando. Em 2006, por exemplo, o presidente da Bolívia, Evo Morales, tomou duas refinarias da Petrobras no país de arma na mão. Se a empresa recebeu alguma compensação justa, ninguém sabe, ninguém viu Nem por isso o índio de araque deixou de ser uma aliado e, na expressão de Lula, um querido.
Também em 2006, a Perobras resolveu comprar uma refinaria em Pasadena, nos EUA. A história toda, enroladíssima, atualmente sob investigação do Ministério Púbico, está explicada aqui. Prejuízo da operação comandada por Gabrielli: aproximadamente US$ 1,2 bilhão.
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