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O procurador da República em Araçatuba Paulo de Tarso Astolphi, que está sob escolta da Polícia Federal por ter sido ameaçado de morte, diz que pode pedir, na esfera cível, o depoimento da presidente Dilma Rousseff sobre a licitação de R$ 432,3 milhões da Transpetro para a compra de 100 embarcações destinadas ao transporte de etanol pela hidrovia Tietê-Paraná.
O procurador, que pediu o bloqueio dos bens e o imediato afastamento do então presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disse que a equipe de seis procuradores ddo Ministério Público Federal que apuram o caso deverão estudar se pedem para a presidente explicar as declarações que deu em Araçatuba (SP) durante discurso de abertura da licitação, em março de 2010.
Terra - Como foi que o senhor foi ameaçado?
Astolphi - A ameaça foi feita por meio de telefonema em minha casa. Não posso dizer o que falaram, mas o fato é que tinham o número do meu telefone, que nem está na lista. Não sei como conseguiram. Mas, antes mesmo disso, a assessoria de segurança da Procuradoria Geral da República já tinha manifestado preocupação com minha segurança, principalmente porque o grupo estava pedindo o bloqueio de bens e o afastamento dos suspeitos, afora o valor da ação. E depois da ameaça, então, ela não teve dúvida.
O senhor desconfia de alguém?
Não sei quem poderia ser.
O senhor acha que as ameaças estão ligadas com o caso da Transpetro?
As circunstâncias da ameaça deixam transparecer que ela tem a ver com a investigação das fraudes na Transpetro e a instalação do Estaleiro Rio Tietê em Araçatuba.
O que mudou na sua vida depois das ameaças?
Passei a tomar cuidados especiais e a me precaver, além de precaver meus familiares. E agora já temos escolta 24 horas por dia. Embora eu não acredite que algo vá me acontecer, eu tenho de tomar minhas precauções.
O senhor e seus colegas apontaram a presidente Dilma Rousseff como sendo uma das participantes, pois ela teria feito um discurso em Araçatuba, junto com Sérgio Machado, indicando que a cidade é a que seria escolhida na licitação, embora o processo nem tivesse sido iniciado.
Realmente, pedimos sim a investigação da presidente, mas o procurador-geral nos enviou resposta em setembro, dizendo basicamente que o discurso teve conotação política e não justificava a abertura de investigação criminal para apurar a participação da presidente. Mas ele deixou claro que, caso haja novos indícios, é para serem apresentados a ele.
E na esfera não criminal, teria investigação da presidente?
O grupo vai discutir como conduzir essa questão, prefiro não me antecipar, mas penso é preciso decidir a respeito de suas declarações, já na abertura da licitação, em 10 de março de 2010, de que o estaleiro seria em Araçatuba, quando o local de instalação do estaleiro, pela licitação, poderia ser em qualquer ponto do Brasil, a ser definido pelo vencedor da licitação, que só seria anunciado em 30 de agosto de 2010.
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