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Ao mandar Orlando Silva resistir, Lula estava exigindo o cumprimento de sua ordem unida após a degola dos outros ministros: "O político tem que ter casco duro."
Faz sentido. Os superfaturamentos no Dnit, os convênios piratas no Turismo, o tráfico de influência na agricultura, a consultoria milionária de Palocci, os desvios na Bolsa Pesca, o ralo não governamental nos Esportes e outras peripécias da aliança progressista de esquerda que manda no Brasil são irrelevantes. Ou melhor: são a alma do negócio, mas isso é assunto deles. O importante é neutralizar as manchetes e manter o cabide. Com casco duro.
A imprensa burguesa atrapalha um pouco, criando o clima de histeria, mas isso não vai longe. No escândalo dos Esportes, como sempre, a opinião pública vai consumir o caso do comunista degenerado e virar a página. Nem se dará conta de que Orlando Silva é a enésima confirmação de um projeto parasitário instalado no Estado brasileiro - essa mãe gentil dos companheiros de casco duro e cara idem.
Aliás, a farra das ONGs de Orlando teria continuado intacta se dependesse do bravo Movimento Brasil contra a Corrupção. Não se viu uma só vassourinha nas ruas. Deviam estar ocupando Wall Street.
GUILHERME FIUZA é jornalista.
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