sábado, 2 de junho de 2012

ERA DO NARCISISMO



Porém, chamam a atenção duas coisas sobre esta época atual: uma, que todos querem "direitos", mas ninguém quer saber de "deveres". Já reparou? Até o psicopata mais doente exige seus "direitos", mas quase ninguém se preocupa com os seus deveres quanto à sociedade. Direitos para as mulheres, direitos para os gays, direitos para os drogados, direitos para os criminosos, direitos para os gordos, direitos para os idiotas, etc, etc, etc. Mas de responsabilidade, ninguém quer saber.

A outra coisa que chama a atenção é como as pessoas hoje em dia são extremamente exibicionistas e narcisistas. Falo aqui simplesmente sobre o modo de se vestir e de se comportar. Pode parecer algo menor, mas não sei se é mesmo. Reflete bem o ânimo da sociedade do século vinte e um.

Deixemos de lado a Marcha das Vadias, que já mostra bem as contradições do feminismo (a mulher quer se vestir mostrando todos os seus atributos, mas ao mesmo tempo quer que isso não tenha qualquer efeito sobre os homens?) Falo sobre o dia a dia. Vejo muitas pessoas usando roupas que explicitam a sexualidade, desde os homens ridículos que usa as calças abaixadas até quase o joelho, às mulheres usando roupas que mostram quase tudo. Fossem apenas mulheres jovens bonitas, seria perdoável, mas em muitos casos vêem-se gordas balofas ou senhoras de sessenta anos usando roupas que envergonhariam prostitutas nos anos trinta. Qual a intenção em se mostrar assim?

E as tatuagens. Aqui na Califórnia, é difícil ver alguém que não as tenha. Acho que 80% da população mais jovem (e alguns nem tão jovens) tem ao menos alguma espécie de tattoo. Acho que isso reflete também um certo exibicionismo, especialmente aquelas tatuagens com mensagens para o mundo.


Vivemos em uma cultura que exacerba o "direito de fazer o que quiser", mas que ao mesmo tempo nega que certas escolhas tenham conseqüências. Houve casos de tatuados que alegaram "discriminação" na busca de emprego, mas fazer a tatuagem foi uma escolha, não uma imposição. O cartunista Laerte, que costuma travestir-se de mulher nas horas vagas, andou querendo processar uma pizzaria que o impediu de utilizar o banheiro feminino. Ora, foi ele quem escolheu se travestir, por que é que os outros devem se adaptar a ele, e não ele ao mundo?
Mas hoje em dia, é tudo assim. Nossa sociedade lembra mais e mais a do final do período do Império Romano, quando romanos gordos e decrépitos passavam seu tempo em orgias, enquanto as invasões bárbaras só aumentavam. Onde está Nero, para ao menos tocar-nos uma melodia enquanto Roma arde?

Nenhum comentário:

Postar um comentário