Só para relembrar: o Jefferson pediu 20 (não os mil que engasgaram o Paulo, mas milhões), mas Dirceu só liberou 4. Insatisfeito, Jefferson mandou um recado entrelinhas naquela visita ao Lula, e insistiu nos 20; Dirceuzinho, deu-lhe um beiço e, para mostrar poder dissuasivo, ainda armou aquela arapuca contra o Marinho, aliado de Jefferson nos Correios, que foi filmado se lambuzando com 3 mil Reais. O recado de Dirceu ao Jefferson foi dado: "se insistir nos 20, o próximo será você", mas o tiro, mal calculado na quantidade da pólvora, saiu pela culatra: Jefferson virou a mesa, e só livrou a cara do chefim Lula, porque quem mandava mesmo na bufunfa era o Dirceu.
O mensalão foi descoberto, e hoje os comparsas estão emparedados no STF.
João Paulo, o corrupto, não fica na rua da amargura
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A Justiça bateu o martelo por nove a dois: João Paulo é corrupto e praticou peculato. Mas não se pense que isso significa ficar na rua da amargura. Não no petismo. Leiam o que informa Silvio Navarro, na VEJA Online:
Pouco antes do choro a portas fechadas com os dirigentes do PT na quinta-feira, o mensaleiro João Paulo Cunha apresentou sua fatura para oficializar a (inevitável) desistência da candidatura a prefeito de Osasco.
Numa clara demonstração de que a condenação por corrupção não abalou sua desenvoltura em fazer política por meios sub-reptícios, cobrou a manutenção de cargos na Ceagesp, o maior entreposto de distribuição de alimentos da América Latina, vinculado ao Ministério da Agricultura, e que o PMDB já trabalha para abocanhar caso o PT perca a hegemonia em Osasco.
O braço de João Paulo na Ceagesp é a irmã, Ana Lúcia Cunha Pucharelli, que comanda todo o setor de Recursos Humanos. Hoje, mais de dez cargos de chefia são ligados ao PT, entre eles o diretor-presidente, Mário Maurici.
Maurici ingressou na política em Franco da Rocha (Grande SP), onde foi prefeito, e fez carreira em Santo André como secretário do prefeito Celso Daniel (morto em 2002). É homem do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência).
Há tempos, a Ceagesp é um cabide de petistas. Até um sobrinho do ex-presidente Lula tem cargo na empresa: Edison Inácio Marin da Silva é responsável pelo departamento de entrepostos da capital. Por fim, João Paulo emplacou, como esperado, o vice na chapa em Osasco, seu aliado Valmir Prascidelli (PT).
Por Reinaldo Azevedo
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