STF POLEMIZA SE REVELA QUE MENSALÃO
DESVIOU R$ 2 MILHÕES PARA PAGAR PROSTITUTAS EM NEGOCIATAS POLÍTICAS
Pelo menos R$ 2 milhões foram comprovadamente desviados pelo esquema dos mensaleiros para bancar prostitutas de luxo em programas feitos por políticos para fechar grandes negociatas com dinheiro público, em Brasília.
A vergonhosa informação consta dos autos da Ação Penal 470 agora julgada pelo Supremo Tribunal Federal.
A polêmica dentro do STF é se o ministro-relator, Joaquim Barbosa, deve tornar pública ou omitir tamanha safadeza promovida entre mensaleiros e messalinas.
O fato foi embasado em investigações da Polícia Federal feitas a partir de revelações na CPI dos Bingos, em março de 2006.
O motorista Francisco das Chagas Costa contradisse Antonio Palocci e afirmou que o ministro da Fazenda freqüentava, sim, a casa alugada pelo economista Vladimir Poleto, no Lago Sul, em Brasília, na qual se realizavam festinhas de embalo e reuniões de negócio.
O "piloto" só alegou que viu Palocci no local, durante o dia, em dias “sem festa”.
Chagas confirmou que na mansão aconteciam festas com a presença de garotas enviadas pela “promotora de eventos” Jeane Mary Corner.
O "piloto" também revelou ter transportado diversas vezes “as meninas da Jeane” para a casa usada pela chamada República de Ribeirão Preto.
Em depoimento anterior na CPI, Rogério Buratti, amigo e então assessor de Palocci, confidenciou que a casa era usada como uma “central de negócios” para encontros de lobistas e empresários com negócios de interesse no governo Lula.
O santo nome de Palloci passou milagrosamente longe do Mensalão.
O de Lula também...
O assunto da relação entre mensalão e prostituição é tão constrangedor que causa nojo e indignação entre as mulheres da corte suprema – que preferem que o assunto não venha à tona durante um julgamento transmitido ao vivo para o mundo inteiro, via internet, pela TV Justiça.
Nos bastidores do STF, circula o informe de que a ministro Rosa Weber já teria pedido ao ministro Joaquim Barbosa para não tornar público que o modus operandi dos mensaleiros também incluía saidinhas ou bacanais com caríssimas garotas de programa na capital da República.
A ministra Carmem Lúcia – que tende a apoiar os votos de Barbosa pela condenação dos mensaleiros – teria o mesmo pensamento da colega Weber, e também gostaria que o tema “prostituição de luxo” fosse omitido do relato do voto, por apenas acrescentar um fato muito vergonhoso e constrangedor que não será decisivo para a condenação de grande parte dos réus.
O polêmico assunto da prostituição de luxo em Brasília, sempre tratado como um tabu raramente explorado pela mídia, tem tudo para se expelido no julgamento. Agora, a expectativa é se Barbosa jogará no ventilador ou vai deixar o caso guardado no intestino dos autos.
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