Do ponto de vista etimológico, elite vem do francês élite, que significa o que há de melhor. A definição de elite em português passou séculos sendo exclusivamente o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, especialmente em um grupo social.
Aí veio a tal da sociologia e disse que elite é uma minoria que detém o prestígio e o domínio sobre um grupo social.
Mas logo depois veio o PT, com seus sábios do quilate de um Emir Sader, Marilena Chauí, Leonardo Boff e outros portentos, e resolveu que elite é o que há de pior na sociedade, obviamente com o endereço certo, definindo praticamente tudo que se opõe ao partido. Daí para elite virar uma ofensa grave foi um pulo.
Vide a definição do Zé (um petralha do Observador Político que me motivou a escrever este post), que diz que elite são aqueles que têm a possibilidade de decidir sobre as coisas que afetam o povo e que aumentam seu lucro, sua fatia de poder ou suas vantagens auferidas. A ignorância aliada à ideologia de porta de boteco dá nisso.
A mesma coisa ocorreu com a direita no século passado, que de conjunto dos partidários de ideias conservadoras passou ser, segundo a esquerda, contrário, hostil à democracia; antidemocrático; reacionário, que se opõe às ideias voltadas para a transformação da sociedade e que ou aquele que defende princípios ultraconservadores, contrários à evolução política ou social.
Enquanto isso, a esquerda passou se autodefinir como o conjunto de parlamentares que tradicionalmente lutam por ideias avançadas.
Não são umas gracinhas?
Por Ricardo Froes
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Há 10 segundos
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