segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

"Elite" e as deturpações do dicionário das esquerdas

Do ponto de vista etimológico, “elite” vem do francês “élite”, que significa “o que há de melhor”. A definição de “elite” em português passou séculos sendo exclusivamente “o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, especialmente em um grupo social”.


Aí veio a tal da sociologia e disse que “elite” é uma “minoria que detém o prestígio e o domínio sobre um grupo social”.



Mas logo depois veio o PT, com seus sábios do quilate de um Emir Sader, Marilena Chauí, Leonardo Boff e outros portentos, e resolveu que “elite” é o que há de pior na sociedade, obviamente com o endereço certo, definindo praticamente tudo que se opõe ao partido. Daí para “elite” virar uma ofensa grave foi um pulo.



Vide a definição do Zé (um petralha do Observador Político que me motivou a escrever este post), que diz que “elite” “são aqueles que têm a possibilidade de decidir sobre as coisas que afetam o povo e que aumentam seu lucro, sua fatia de poder ou suas vantagens auferidas”. A ignorância aliada à ideologia de porta de boteco dá nisso.



A mesma coisa ocorreu com a “direita” no século passado, que de “conjunto dos partidários de ideias conservadoras” passou ser, segundo a esquerda, “contrário, hostil à democracia; antidemocrático; reacionário”, “que se opõe às ideias voltadas para a transformação da sociedade” e “que ou aquele que defende princípios ultraconservadores, contrários à evolução política ou social”.



Enquanto isso, a “esquerda” passou se autodefinir como o “conjunto de parlamentares que tradicionalmente lutam por ideias avançadas”.


Não são umas gracinhas?

Por Ricardo Froes


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