Recordar é viver: A ditadura militar não chegou a ser uma ditamole, mas também não se assemelhou em nada ao pesadelo demoníaco que até hoje assombra as imaginações de milhões de universitários bobocas que não a conheceram.
Vivi o tempo todo perto da militância esquerdista armada e desarmada, tive parentes e amigos presos, e nunca, nunca vi um único esquerdista, guerrilheiro ou não, sair da cadeia aleijado, estropiado, deformado ou mesmo seriamente debilitado.
Psicologicamente traumatizado em nível alarmante, só vi um, mas era um sujeito que antes disso já não me parecia muito bom da cabeça.
Isso não quer dizer que não houve maus-tratos e até homicídios na cadeia, mas jamais nas proporções endêmicas que hoje se alardeiam.
No entanto, até agora, nas universidades e na mídia, o pessoal fala de dedos cortados e unhas arrancadas como se em cada prisão houvesse uma manicure do demônio trabalhando 24 horas por dia para produzir sofrimentos físicos indescritíveis.
Vejam, por favor, estas duas fotos de presos trocados por diplomatas seqüestrados e digam, com toda a sinceridade, se alguém nelas tem a aparência de doente, de mutilado, de gravemente debilitado ou de recém-egresso de uma câmara de torturas?
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