quinta-feira, 3 de julho de 2014

Segundo pesquisadores, sentir-se feio lhe torna mais propenso a apoiar movimentos de esquerda



É, isso mesmo que você leu. Pesquisadores de Stanford, uma das mais importantes universidades do mundo, descobriram que pessoas que se sentem “pouco atraentes” são mais propensas a apoiar movimentos contra a desigualdade social.

A professora Margaret Neale e o doutorando Peter Belmi, responsáveis pela pesquisa, pediram aos seus alunos para autoavaliarem suas capacidades de atração física. Depois disso, os alunos foram convidados a assistirem um vídeo curto sobre o Occupy – aquele movimento que surgiu em 2011, em protesto contra a desigualdade econômica nos Estados Unidos.

Resultado: a percepção da própria beleza física possui um efeito maior sobre a nossa mentalidade do que se suspeitava. Perguntados se doariam um bilhete de loteria de $50 para o movimento, aqueles que se viram menos atraentes foram duas vezes mais propensos a doarem. Os pesquisadores chegaram à conclusão que os alunos com auto-confiança sobre a sua aparência se viam como parte de uma classe social de elite e eram menos propensos a doarem a causas de desigualdade social.

A série de cinco estudos realizados por Neale e Belmi, com participantes que incluíam homens e mulheres, tem importantes implicações para estudos sobre a desigualdade. Se você acredita que é atraente, tende a pensar que pertence a uma classe social mais elevada e acredita, portanto, que as hierarquias são uma forma legítima de organização de pessoas e grupos. A pesquisa também mostra que sentir-se feio ou bonito no fim importa mais à percepção de sua posição social do que sentir-se bondoso ou egoísta. Dois estudos testaram se a auto-percepção de outras duas características – empatia e integridade – fazia diferença na forma como as pessoas viam sua classe social. A resposta foi negativa.

Essa é a primeira pesquisa a estabelecer uma conexão explícita entre a percepção de sua própria beleza física e classe social, e suas atitudes em relação à desigualdade.


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