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Vocês sabem que costumo dizer que a “revolução” na USP, promovida pela minoria de extrema esquerda entre professores e alunos, é coisa dos “remelentos e Mafaldinhas” alimentados com sucrilho e toddynho. Bem, é o caso de Vladimir Safatle. Como a sua coluna deixou claro, ele certamente se opôs à reintegração de posse na USP determinada pela Justiça. Está entre aqueles que acreditam que o que é público não é de ninguém.
De reintegração de posse, Safatle entende. Ele é filho do economista Fernando Safatle, radicado na cidade de Catalão, em Goiás. O homem foi um dos fundadores do PT local, mas transita com desenvoltura no PSDB também, amigo que é do governador Marconi Perillo. Em suma, Safatle, o Vladimir Lênin da USP, pertence às chamadas “classes superiores”, entendem? Até aí, né?, ele poderia dizer que seu homônimo russo também era… A questão seria o compromisso de classe. Sei…
Um grupo de sem-terra teve o mau gosto de invadir a propriedade de Fernando, de que Vladimir é herdeiro, Opa! Aí, não! Onde já se viu invadir terra de gente progressista, de esquerda? Não pode! Leiam o que informa o Portal do Sudeste no dia 28 de junho deste ano.
O pai do revolucionário da USP reivindicou, e obteve, a reintegração de posse de uma fazenda ocupada por sem-terra. A tal fazenda está enrolada com a Justiça. Ela foi, com efeito, arrematada pelo Banco do Brasil, que é público, mas Safatle recorreu. Essas coisas costumam ocorrer quando o banco empresta um dinheiro e não recebe, depois, o pagamento.
Vladimir, o Safatle, poderia ir lá na porteira da fazenda ocupada por seu pai e discursar como Vladimir, o Lênin. Mas ele prefere fazer isso a muitos quilômetros de distância, na USP, que, na sua concepção, deve ser terra de ninguém. Tudo saindo no melhor dos mundos pra ele, ainda acaba herdeiro daquelas terras, não é?
Por Reinaldo Azevedo
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