quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O que está atrás de BELO MONTE - ONGS VAGABUNDAS!






“BRASIL, POTÊNCIA hídrica do século 21″ é o título bastante sugestivo da matéria de capa de recente edição especial da National Geographic em português, que traz considerações interessantes sobre o aproveitamento do que certamente será a riqueza mais disputada nos próximos mil anos em nosso planeta.


Desde algum tempo tenho procurado mostrar que a água (mais que ouro, minérios ou petróleo) é o que preocupa e motiva o enorme esforço de marketing promovido por ONGs de várias partes do mundo com o objetivo de provar que os brasileiros são incapazes de: 1. Proteger o meio ambiente, especialmente na Região Amazônica. 2. Respeitar as populações indígenas, idem. 3. Realizar o desenvolvimento “sustentado”, alguma coisa com diferentes significados no Brasil, na China e nos EUA. São meros pretextos. Apesar de gastos, funcionamA conclusão, óbvia, é que a Amazônia precisa ser internacionalizada para evitar que utilizemos os cursos de água daquela bacia hidrográfica para produzir energia e proporcionar o desenvolvimento daquela região em nosso benefício exclusivo. Então, para começar, é urgente impedir a construção das hidrelétricas, enviando seguidas delegações de notáveis que se prestem a fazer o ridículo papel de defensores de etnias das quais mal conhecem a designação correta e certamente desconhecem a localização das aldeias (alguns acreditam que se trata de remanescentes de tribos astecas…).


Esta semana tivemos a demonstração de como a pregação, mesmo infantil, pode influenciar burocratas mal informados de organismos internacionais: uma obscura e inoperante comissão de direitos humanos da OEA alinhou-se às teses de outras tantas obscuras ONGs, pedindo a suspensão (!) da construção da usina de Belo Monte, no Rio Xingu.

O referido pedido, baseado numa denúncia feita em 2010 por “diversas” ONGs (não identificadas), não produz nenhuma consequência prática imediata, mas ficou a ameaça de que “poderá vir a ser submetido a exame na Corte Interamericana de Direitos Humanos, também da OEA, caso não sejam aceitas as explicações do governo brasileiro sobre o resultado de consultas submetidas às populações indígenas”. A reação oficial foi imediata: o Itamaraty classificou como “precipitadas e injustificáveis” as solicitações da OEA; o senador Flexa Ribeiro, presidente da subcomissão que acompanhará o andamento das obras no Pará, qualificou de “absurdo” o pedido “que até fere a soberania nacional” e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia – Nelson Hubner – foi direto: “A OEA


O que as ONGs (de longa data), agora apoiadas pela sub-burocracia da OEA, pretendem bloquear, em realidade, não é a obra em si, mas a condição brasileira de produzir mais energia limpa para prosseguir em seu projeto de desenvolvimento sustentável, inclusive na Região Amazônica. Significa demonstrar a capacidade nacional de conservar, administrar e utilizar as riquezas de um território que detém 11% de toda a água doce do globo, onde correm 12 mil rios que respondem por 16% de toda a água enviada ao mar pelos rios do planeta.
DELFIM NETO

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