terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Esses crimes serão investigados pela 'comissão da verdade'?




Contribuição para a Comissão da Verdade XVIII

Vanguarda Armada Revolucionária Palmares - VAR Palmares


Breve resumo
A Verdade Sufocada- A História que a esquerda não quer que o Brasil conheça - de Carlos Alberto Brilhante Ustra
A VAR-Palmares foi uma das responsáveis, entre outros crimes, pelos assassinatos do marinheiro inglês David A. Cuthberg e do delegado de Polícia Octávio Gonçalves Moreira Júnior.
Essa organização atuou por quatro anos. Com as quedas que ocorreram durante os anos de 1970 e 1971, a VAR-Palmares, praticamente, se desbaratou como organização, retraindo-se em suas atividades e realizando contatos com outros grupos visando a uma possível fusão. Apesar de, no final de 1971, já se encontrar em vias de extinção, ainda se manteve em atividade durante 1972 e 1973, sofrendo um sério abalo em outubro desse ano, após um acidente automobilístico que causou a morte de seu dirigente, James Allen Luz.


Seqüestro de aviãoCom o pretexto de comemorar o aniversário da revolução cubana, no dia 1º de janeiro de 1970, a VAR-Palmares seqüestrou um avião Caravelle da Companhia Cruzeiro do Sul, que fazia a linha Montevidéu - Rio de Janeiro, e o desviou para Cuba com seus 95 passageiros. Os objetivos do seqüestro eram fazer propaganda da luta armada, internacionalmente, e conseguir treinamento para os seqüestradores, em Cuba.
O seqüestro foi planejado por James Allen Luz e contou com a participação de:
Athos Magno Costa e Silva;
Cláudio Galeno de Magalhães Linhares - primeiro marido de Dilma Rousseff -;
Isolde Sommer;
Nestor Guimarães Herédia; e,
Marília Guimarães Freire.
James Allen Luz voltou clandestinamente ao Brasil em fins de 1970, para continuar, depois do treinamento, atuando na guerrilha urbana.

“Justiçamento” de Geraldo Ferreira Damasceno e “queima de arquivo” de Elias dos Santos - 29/05/1970
Geraldo Ferreira Damasceno foi incumbido por uma dissidência da VAR-Palmares (DVP) de guardar algumas armas da organização, em sua residência. Eram uma carabina e cinco revólveres .38, com a munição. Acabou vendendo-as, por necessidade de sobrevivência.


Ao saber da venda, o “Tribunal Revolucionário”, num julgamento sumário, condenou-o à morte. Geraldo reconheceu o seu erro e imaginava que, no máximo, seria expulso da DVP. Às 23 horas do dia 29/05/1970, foi marcado um “ponto” da DVP com Geraldo, na Rua Leblon, em Duque de Caxias, RJ. Segundo combinado na organização, Geraldo seria morto a facadas.
Um imprevisto aconteceu, pois Geraldo, por precaução, levou consigo um amigo de nome Elias dos Santos. (Não confundir com o soldado da PE, Elias dos Santos, morto por Prestes de Paula, em 18/12/1969, durante o “estouro” de um aparelho do PCBR.).


Como Geraldo chegou acompanhado, seus assassinos mudaram o plano inicial e, em lugar das facadas, mataram-no com seis tiros. Para que a execução não tivesse testemunha, Elias dos Santos também foi abatido a tiros.

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