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Depois de ver Lula no papel de Ratinho das instituições, da Lei Eleitoral, do decoro e do bom senso, eu me pergunto: por que os petistas e os “pogreçista” alimentados com o nosso dinheiro falam tanto em controle social — quero dizer, “çoçial” — da mídia, hein?
É preciso, sim, investigar o uso de dinheiro público na compra de elogios e, sobretudo, de ataques aos adversários do lulo-petismo. Quando essa gente fala em “controlar a mídia”, certamente não pensa nas emissoras de TV, nas revistas, nos sites e nos blogs que servem à causa, certo? Esses já estão devidamente “controlados”, certo?
O “jornalismo” de que Lula gosta é aquele feito pelos Ratinhos, no diminutivo, no neutro ou no aumentativo. Ontem, por exemplo, não ficaria bem o apresentador fazer perguntas ao ApeDELTA ou a Fernando Haddad sobre as greves nas universidades federais. Seria uma deselegância com os “convidados”.
Ao contrário: o Brasil de Lula que apareceu no programa do SBT não tem defeitos. O candidato à Prefeitura do partido o caracterizou como perfeito. Tudo o que há de bom no país, ele sustentou, foi criado nas gestões petistas. Os problemas são obra da oposição.
É dessa “imprença” que Lula gosta! É dessa “imprença” que Haddad gosta! Por isso a brincadeira de Ratinho, segundo a qual eles deveriam se unir para “bater nos jornalistas” soa tão natural, tão doce, tão aceitável.
Controle social? Quando pensam nessa expressão, têm em mente, por exemplo, a VEJA, a Rede Globo e mais uns três ou quatro veículos. O resto, de um modo ou de outro, já está devidamente “controlado”. O que eles querem, em suma, é censurar a independencia.
Por Reinaldo Azevedo
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