quinta-feira, 14 de junho de 2012

A mídia vendida ao PT não noticia isto...



No próximo domingo, a greve dos professores das instituições federais de ensino superior (universidades e intitutos) federais completa um mês. De acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marina Barbosa, não há previsão para o retorno ao trabalho. "Só voltamos às atividades quando o governo apresentar uma proposta concreta para as reivindicações. Até agora, isso não aconteceu", diz Marina.


A greve dos professores foi deflagrada no dia 17 de maio, com adesão de 29 instituições. De acordo com o último balanço do sindicato, o número já chega a 55. Nesta semana, as universidades federais do Ceará (UFC), Goiás (UFG) e São Carlos em Araras (UFSCar) também aderiram. Já os docentes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) se reunirão na sexta-feira para decidir se devem ou não parar as atividades. "O número de adesões nos surpreende e mostra que as nossas reivindicações são válidas", diz Marina Barbosa.

Os professores reivindicam um plano de reestruturação da carreira docente, que teria sido prometido pelo governo federal para março deste ano. Isso inclui o estabelecimento de 13 níveis de remuneração (atualmente são 17), variação salarial de 5% entre eles e piso para a carreira de 2.329,35 reais referente a 20 horas semanais de trabalho (atualmente, o valor é de 1.597,92 reais).
Os professores alegam ainda que as universidades federais têm vivido um
processo de "precarização", consequência da política de "expansão desordenada" iniciada pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) – criado pelo governo federal em 2007. "Precisamos de boas condições para exercer nosso trabalho de ensino e pesquisa. Estamos preparando um dossiê que relata a dramaticidade da nossa situação e vamos levá-lo ao ministro da Educação. Essa não é uma pauta menor para o sindicato", afirma a presidente do Andes.

Na tarde da terça-feira,
representantes do sindicato se reuniram com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, que pediu uma trégua de vinte dias aos docentes para que seja apresentado um plano efetivo de reestruturação da carreira. A proposta foi recusada. "Desde agosto de 2010, tentamos uma negociação e nunca tivemos o retorno esperado. Não temos razão para acreditar que uma trégua resolveria a situação agora", diz a presidente do Andes. Uma nova reunião entre sindicalistas e governo federal está agendada para a próxima terça-feira. Mendonça promete apresentar a proposta detalhada. A expectativa do secretário é que tudo seja resolvido até o início de julho.

Após a reunião da terça-feira, o MEC afirmou que o governo federal pretende, "na estruturação salarial da carreira dos professores das instituições federais de ensino superior, tomar como referência de remuneração a carreira dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação". Antes, o ministro Aloizio Mercadante havia afirmado que
considera “precipitada e sem razão de ser” a paralisação. O governo alega que já está em vigor a medida provisória que tornou retroativo a março o reajuste de 4% aos docentes e que estava acordado que o novo plano de carreira entraria em vigor em 2013.

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